Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

REALIDADE E IMAGINAÇÃO

Fonte: ViVerdeNovo
QUARTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO DE 2010


Por Arlindo Monenegro


Há uma diferença abissal entre imaginar uma sociedade e conviver, participar de uma sociedade. Há uma diferença abissal entre ideologia e utopia. Entendo que os ideólogos do coletivismo trabalham por destruir, desprezar todo um aprendizado cultural. Enquanto os que seguem utopias entendem que são inatingíveis em sua totalidade, que se renovam naturalmente em novos objetivos, que são trabalhadas de meta em meta.

Mesmo os cientistas, que brincam de Deus, sabem que a utopia conduz à prática de questões e investigação, para compreender a intimidade da matéria ad infinitum. Trabalham para superar as dificuldades da vida, com objetivos diversos nos vários campos do conhecimento, compreendem que passam o bastão de geração em geração e que a utopia está na visão e domínio da totalidade.

E como os campos do conhecimento se tocam e se complementam em ciencias exatas e humanas, eles observam os parâmetros da lei e sabem que lhes está vedado, por exemplo, matar. Sabem que na pesquisa e no laboratório, são livres, sem limites. Mas no convívio e nas relações com a sociedade, os limites existem. Alguns traduzem a totalidade transcende os sentidos, mas tem íntima relação com os mistérios da eternidade. Aqui percebem a presença de Deus, que muitos querem ver para crer, como São Tomé e na dúvida, calam.

Outros apenas foram educados como incréus e se tornam militantes materialistas, alinhados com os poderosos que se sentem superiores como deuses. Assim trabalham para controlar, destruir e submeter todos os povos. Totalitários coletivistas contra democratas que respeitam e percebem na força individual, o sopro de Deus, cuja veneração pressupõe o respeito aos outros, um respeito que limita positivamente. Um respeito que comemora a vida e impede o desprezo às outras criaturas.

Existem leis escritas, contratos de diversa natureza entre integrantes de um mesmo grupo que limitam excessos prejudiciais garantindo a ordem pública, circunscrevendo as expectativas individuais, disciplinando os movimentos e propiciando os debates, polêmicas, arbritados por juízes. Na família os pais e mães são juizes dos filhos, uma investidura natural. Mas as leis não escritas estão presentes em toda a história do homem na terra. São leis naturais, inscritas como alicerce de todos os tratados de sociedades democráticas.

Uma das principais é o princípio de igualdade da todos diante da Lei. Do mesmo modo como todos se reconhecem iguais perante as Leis Divinas, as Leis Naturais. No Brasil vivemos um desmonte das leis naturais e da estrutura jurídica, que em nossa cultura, apontava para a construção de um estado democrático de direito.

O grupo no poder chegou dizendo mais ou menos assim: "ta tudo errado, tem que ser do nosso jeito". Um jeito descartado por dezenas de nações, que sofreram com a supressão da liberdade individual, que sofreram com a imposição totalitária de governantes marxistas. Um jeito fortemente implantado nas mentes, por estruturas elaboradas por incréus e satanistas, todos coletivistas.

O que conduz ao estado democrático de direito é a educação, desde o berço. É a estrutura familiar presente e a consciência de uma missão de vida. Se ligada à fé no transcendente, tanto melhor. Até agnósticos e inocentes úteis da guerra marxista, imaginam e têm presente, que o bem comum se pode realizar apenas nos marcos de um estado democrático de direito.

Mas todos sentem que há um abismo, uma direrença imensa entre falar sobre o estado democrático de direito e praticar de verdade, fazer alguma coisa para torná-lo efetivo, regra pétrea para as relações confiáveis entre os membros de uma nação. Mais ainda, quaando temos toda a sociedade confusa, a educação desmantelada, as instituições anarquizadas e uma máquina de propaganda que se apossou de cada instituição, nega e distorce a informação e domina a mídia, salvo raríssimas exceções.

PEDIDO DE DESCULPA

Na Sexta-Feira, 19 de Fevereiro, fechei o comentário nesta página, anunciando a realização do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão em São Paulo. O respeito pelo Instituto Milenium, pela UnoAmérica e a participação de Reinaldo Azevedo, me fecharam os olhos para os demais participantes. Na temática havia um ítem que parecia destinado a situar a ditadura venezuelana, que vem perseguindo, matando e prendendo opositores.

Primeiro recebí um email perguntando se eu havia bebido todas as garrafas da coleção de pinga de um amigo. O mesmo email identificava os responsáveis pelo evento. Logo abrí o site Notalatina e deparei com a nota de Graça Salgueiro. Foi uma porrada na moleira! Não sabia onde meter a cabeça. Pisei na bola! Errei e peço desculpas aos que acompanham este blog. O evento é mais uma operação midiática, com máscaras liberais para prestigiar a marcha dos comunistas.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".