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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cuidado com as conclusões precipitadas

Fonte: MÍDA SEM MÁSCARA

Saíram recentemente novos índices mostrando que o Brasil segue produzindo os estudantes mais burros do mundo. Quanto mais o Estado se mete na educação do povo, mais estúpido o povo fica.


Olavo de Carvalho diz que o Guinness Book poderia criar uma categoria que consagre um recorde próprio da nossa cultura: a lentidão do brasileiro em tirar conclusões. Segundo o filósofo, o japonês tira uma conclusão em dois segundos. O chinês, em três segundos. O americano leva cinco segundos. Já o brasileiro tira uma conclusão após 10 anos, oito meses, seis semanas, dois dias e algumas horas.


Piada ou descrição da realidade? Veja o caso da educação. Em outubro do ano passado, o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 96A/03, aumentando o orçamento do Ministério da Educação e tornando obrigatório o ensino para crianças a partir dos quatro anos de idade. Atualmente o MEC exige a guarda intelectual dos brasileirinhos aos seis anos.


É uma política comum a todos os regimes socialistas tirar as crianças de casa para imbuí-las da ideologia estatal o mais cedo possível. Quando um burocrata de fato ou de vocação prega que a função da escola é incutir "cidadania" nos alunos, ele está defendendo a doutrinação de crianças com a linda justificativa de construir o outro mundo possível. Se o custo da operação for a idiotização de gerações inteiras, que seja.

O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães defendia que "
a concepção da idéia do Estado deve ser ensinada nas escolas desde o início". É a mesma recomendação que se ouve nos corredores dos ministérios, nas faculdades de pedagogia, nos discursos dos sindicalistas, nos cadernos culturais. Ao mesmo tempo, projetos de lei liberando o ensino caseiro no Brasil são derrubados sem muita conversa, pois delegar aos pais a instrução dos filhos é um perigo à segurança nacional. O que será do nosso país se as crianças deixarem de aprender a usar camisinha e gel lubrificante, a enxergar luta de classes em tudo, a ter consciência crítica e votar na esquerda? E se os brasileiros passarem a confiar mais na própria cabeça do que na cartilha do governo? Que o MEC nos livre de tamanho mal.

Saíram recentemente novos índices mostrando que o Brasil segue produzindo os estudantes mais burros do mundo. As coisas continuam nos seus lugares: quanto mais cedo o brasileirinho entra no colégio, quanto mais debates os pedagogos promovem, quanto mais cursos de capacitação são sugeridos, quanto mais planos de cargos e carreiras são reivindicados, quanto mais o Estado se mete na educação do povo, mais estúpido o povo fica. O leitor obtuso poderá imaginar uma relação de causa e efeito. Recomendo cautela a esse leitor. É muito cedo para tirar conclusões.

Publicado originalmente no jornal O Estado.
Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".