Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Carta aberta para o sr. Richard Dawkins

A inspiração para a carta foi o primeiro vídeo abaixo.


Caro sr. Richard Dawkins

Em determinado momento o senhor diz no vídeo abaixo que alguns religiosos acham que ateus possuem chifres e rabos mas não disse qual padre, rabino, pastor ou outro mestre espiritual ensina isto aos seus fiéis. E que existem estatísticas que mostram que algumas pessoas de fé não confiam em vocês, os ateus. Se isto é uma resposta digna de um cientista, então sou um lagarto. O senhor quer apenas impor suas opiniões.

Qualquer um que ache que um grupo seja composto por seres perfeitos é sim perfeito. Um perfeito idiota. E o senhor se enquadra neste grupo, dos idiotas que acham que um grupo composto por milhões de pessoas ao redor do mundo é imaculado, puro, livre de maldades ou composto única e exclusivamente por pessoas confiáveis. Tem alguns religiosos que acham isto de seu rebanho também. Estes estão no grupo dos perfeitos idiotas, junto com o senhor.

Pessoas não confiáveis, imbecis, canalhas, vagabundas, mentirosas e salafrárias existem, sr. Dawkins. Isto o senhor já deve saber. Talvez não encontremos pessoas assim em grupos de 3 ou 4 elementos, mas no enorme grupo dos ateus bem como no gigantesco grupo dos religiosos com toda a certeza vamos encontrar pessoas com as características citadas e muitas outras piores, bem como pessoas com bons hábitos e característticas.

O senhor afirma que (TODOS) os ateus não explodem aviões, que são (TODOS) pessoas muito amáveis e que não conhece NENHUM ateu que ameace com violência. Está implícito então que SE o senhor não conhece, não existe nenhum, já que fala OS ateus. Diz ainda que não utilizam bombas. Aqui o senhor muda a história e nos conta que, só para citar um exemplo (e são inúmeros), Fidel Castro não usou bombas em Angola e não usou bombas durante a revolução. Uma inversão típica dos revolucionários, o futuro está seguro e o passado é que tem que mudar. O senhor acha que o mundo sem religião seria melhor (futuro) e o passado tem que se adequar a ele (ateus não JOGARAM bombas de maneira nenhuma, nunca, jamais).

O senhor afirma ainda que ateus vivem a vida plenamente pois SABEM que só existe uma vida, que religiosos que acreditam em outras vidas não vivem a vida plenamente e que este é um jeito muito negativo de se viver. E ainda diz que não é religioso? É EXATAMENTE isto que se ouve em inúmeras igrejas, templos, mesquitas e santuários pelo mundo afora. "Venham irmãos, é só aqui que existe vida plena."

Voltando ao assunto dos rabos, dos chifres e da confiança mútua, o senhor diz que os religiosos não deveriam achar que ateus têm chifres e rabos. O senhor pretende propor o patrulhamento de pensamento aos religiosos? E que todos deveriam confiar nos ateus. Pretende que seja imposto por um decreto da ONU? Pois para o senhor, os homens e mulheres de fé não podem pensar que os ateus escondam chifres e rabos dentro de suas roupas e que teriam que confiar neles só por serem quem eles são, ou seja, ateus.

Depois o senhor pergunta porque as pessoas poderiam ficar intimidadas com a sua mensagem. Atribui a si mesmo o direito de pensar e falar (mal) do "adversário" e não permite que o outro lado tenha os mesmos direitos. Algumas das palavras em seu livro Deus, um Delírio: "O Deus do Antigo Testamento é sem dúvida o personagem mais desagradável de toda ficção. Ciumento e orgulhoso; mesquinho, injusto, maníaco controlador implacável, vingativo, sedento de sangue, misógeno, homofóbico, racista, infanticida, genocida, filicida, pestilento, megalomaníaco…".

Estou vendo como (TODOS) os ateus são pessoas amáveis. Quanta amabilidade escrever isto em um livro. Mas se um religioso não confiar no senhor é sumariamente julgado e nem mesmo tem o direito a uma vida plena. Me diga UM motivo para, por exemplo, dois desconhecidos confiarem um no outro? Pois por certo se se desconhecem, nem mesmo sabem se o outro é ateu ou religioso. Me diga, os ateus que não se conhecem, se andarem com broches dizendo "sou ateu", confiariam assim cegamente uns nos outros? E será que o senhor conhece TODOS os religiosos também? Pois afirma que conhece TODOS os ateus um por um.

Já li revistas em quadrinhos (ficção, portanto) onde super-vilões destruiram planetas inteiros. Com certeza eram personagens mais "desagradáveis" que "o Deus do Antigo Testamento". A sua afirmação neste livro é típica, mais uma vez, de um perfeito idiota.

Em tempo, senhor Dawkins: um de meus únicos amigos do peito é ateu. Confiaria a ele minha vida. Jamais me passou pela cabeça que ele tivesse chifre, rabo ou não fosse confiável, muitíssimo pelo contrário.



Pois então vejamos isto agora:

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".