Não deixa de ser curioso que o tal do marxismo, até pelas próprias influências originais de Marx (incluindo Epicuro), tenha se tornado uma escola de mitômanos.
Basicamente, um filósofo marxista, e principalmente um líder marxista, ganha a vida mentindo, e se orgulha disso.
Uma mania européia, que também ocorre no Brasil (via turma do Boff e a Teologia da Libertação), se baseia numa “coisa” chamada marxismo cristão, que no fundo é uma contradição em termos.
Recentemente, um forista do Orkut, marxista, me disse que o marxismo apenas implementa aquilo que os cristãos não fizeram e deveriam ter feito.
Perguntei-lhe o que era tal coisa que os cristãos deveriam fazer e não fizeram. A resposta dele foi: “implantar aquilo que é dito no Sermão do Monte”.
Ele cita,então, o Sermão do Monte: “E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”
Aqui, é claro, ele confundiu a atitude de um cristão em ser caridoso e generoso, com a atitude dos líderes da revolução em roubar as propriedades e posses de outros para distribuição para o proletariado.
Confundir o Sermão do Monte com o roubo de propriedades feito pelos sistemas marxistas é o primeiro sinal de falta de senso de proporções, característica inerente a esse pessoal discípulo de Lenin.
Outra tentativa dele foi a seguinte citação: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.”
Aqui de novo, ele confunde a caridade e o altruísmo, descompromissados, com o roubo forçado de bens, proposto no marxismo.
Até o momento, está claro que marxismo e cristianismo estão em direção praticamente oposta.
Nesse vídeo acima, Olavo de Carvalho brilhantemente comenta sobre as tentativas patéticas de associar comunismo ao cristianismo.
Talvez seja até possível que alguns cristãos do tipo self-service um pouco mais sofisticados (esses são do tipo mais “intelectualizado”, mais acadêmico, mas ainda assim precisarão ignorar mandamentos fundamentais do cristianismo) se associem ao marxismo.
Claro que quando a revolução tomar forma, eles serão os primeiros a ir para o paredão, pois ficarão ressentidos com o novo governo.
Mas é o livre arbítrio deles, não é?
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