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segunda-feira, 31 de maio de 2010

O mundo ao nosso redor está ficando perigoso: pregador é preso na Inglaterra

JULIO SEVERO

31 de maio de 2010

Dr. Albert Mohler

Estamos testemunhando a redução forçada da livre expressão cristã e a criminalização do ministério cristão. A Bíblia condena claramente as condutas homossexuais, e a igreja cristã tem sido clara sobre esse ensino durante vinte séculos. Mas agora, a declaração de que a homossexualidade é pecado pode fazer um pregador parar na cadeia
6 de maio de 2010 (AlbertMohler.com/Notícias Pró-Família) — Temos visto essa situação se aproximando agora por algum tempo. Os espaços públicos estão se fechando, principalmente no que se refere à liberdade de os cristãos se expressarem — e principalmente quando a expressão é sobre a homossexualidade.
Agora, um pregador cristão foi preso na Inglaterra pelo crime de dizer em público que a homossexualidade é pecado. Essa prisão é mais do que um acontecimento de noticiário — é um sinal de coisas que estão para acontecer e o anúncio de uma nova realidade pública. Ainda que todas as acusações contra esse pregador sejam suspensas, o sinal foi enviado e a mensagem é clara. O ato da pregação cristã é agora um potencial delito criminal.
A pregação de rua tem uma história longa e muito reconhecida na Grã-Bretanha. Aliás, pregadores de todas as espécies mal estão sozinhos na permanente tradição inglesa de retórica pública, vista por excelência no “Speakers’ Corner” (Canto dos Oradores) do famoso Parque Hyde de Londres. Dale McAlpine, de Wokington na Cumbria, vinha pregando nas ruas durante anos. O pregador de 42 anos, que é batista, foi preso depois de dizer a uma pessoa que estava passando que a homossexualidade é pecado.
De acordo com o jornal The Telegraph, de Londres, McAlpine vinha pregando de cima de uma escadinha. Ele também estava distribuindo folhetos explicando os Dez Mandamentos. Mais tarde, ele se envolveu numa discussão com uma mulher que queria “envolvê-lo num debate acerca da fé dele”.
Da reportagem do The Telegraph:
Durante a conversação, ele diz que pacificamente incluiu a homossexualidade entre vários pecados mencionados em 1 Coríntios, inclusive blasfêmia, fornicação, adultério e alcoolismo. Depois que a mulher se afastou, ela foi abordada por um APAC [agente da polícia de apoio à comunidade] que falou com ela brevemente e então andou até o Sr. McAlpine e lhe disse que uma queixa havia sido feita, e que ele poderia ser preso por usar linguagem racista ou homofóbica. O pregador de rua disse que ele declarou para o APAC: “Não sou homofóbico, mas às vezes realmente digo que a Bíblia diz que a homossexualidade é um crime contra o Criador”.
O agente da polícia, identificado na reportagem como homossexual e como “agente de relações para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros” para a delegacia de polícia local, então se identificou para Dale McAlpine. O pregador respondeu: “É ainda pecado”.
Ele então pregou um sermão sobre uma variedade de questões que não incluía a homossexualidade. O jornal noticiou: “Três agentes policiais uniformizados chegaram durante o discurso, prenderam o Sr. McAlpine e o colocaram na parte de trás de um camburão”.
Ele foi preso sob a “Lei de Ordem Pública” da Inglaterra, que, noticiou o jornal, “tem sido usada para prender pessoas religiosas em muitos casos semelhantes”. A lei permite a prisão e acusação legal de qualquer pessoa que, com intento de incomodar ou provocar danos, usa “conduta ou palavras ameaçadoras, abusivas ou insultantes”.
Nesse caso, o simples ato de declarar em público que a homossexualidade é pecado foi o suficiente para levar esse pregador à prisão. Ele não é o primeiro. The Telegraph também noticiou que Harry Hammond, um pregador leigo, foi condenado em 2002 por segurar uma placa que dizia “Detenham a Homossexualidade. Detenham o Lesbianismo. Jesus é Senhor” enquanto pregava em Bournemouth, perto de Southampton.
A prisão de Dale McAlpine está atraindo algum grau de atenção dos meios de comunicação internacionais, mas o caso representa bem mais do que um espetáculo da mídia. Essa prisão é um sinal claro de que a lógica das leis contra “discursos de ódio” e regulamentos semelhantes, inclusive em universidades, entra em colisão direta com a liberdade religiosa e a liberdade de expressão religiosa.
A reportagem do The Telegraph inclui a explicação irônica e assustadora de que Dale McAlpine foi preso por dizer que a homossexualidade é pecado e por fazer isso “numa voz alta o suficiente para ser ouvida por outros”. O propósito de todos os oradores não é serem ouvidos por outros? Será que temos de presumir que a polícia britânica deveria sugerir para Dale McAlpine que permanecesse firme em suas convicções, mas as cochichasse apenas para si?
Ele está sendo defendido no tribunal pelo Instituto Cristão, uma organização que monitora tais casos e oferece assessoria jurídica. Sam Webster, advogado do Instituto, disse: “Sim, a polícia tem o dever de manter a ordem pública, mas eles também têm o dever de defender a legítima livre expressão dos cidadãos. Não cabe à polícia decidir se as opiniões de McAlpine estão certas ou errada”. Ele continuou: “A jurisprudência decidiu que a convicção cristã ortodoxa de que a conduta homossexual é pecado é uma convicção digna de respeito numa sociedade democrática”.
Isso não poderá ser verdade por muito tempo, e não poderá ajudar Dale McAlpine agora. Tanto o Partido Trabalhista quanto o Partido Liberal Democrático estão fazendo pressões para que seja revogada linguagem legal que ofereça proteção para discursos religiosos. O Partido Conservador tem de forma geral se oposto a tais medidas. Será que os cristãos britânicos terão isso em mente quando votarem na quinta-feira na eleição geral da Inglaterra?
Estamos testemunhando a redução forçada da livre expressão cristã e a criminalização do ministério cristão. A Bíblia condena claramente as condutas homossexuais, e a igreja cristã tem sido clara sobre esse ensino durante vinte séculos. Mas agora, a declaração de que a homossexualidade é pecado pode fazer um pregador parar na cadeia
Logo saberemos quais nações realmente crêem na liberdade religiosa e na liberdade de expressão. Casos como esse são inevitáveis quando prevalece a lógica do discurso do ódio e de direitos especiais para “minorias sexuais”.
Não pense por um instante que esse acontecimento preocupante é de consequência apenas para pregadores de rua na Inglaterra. O sinal enviado por esse tipo de prisão alcança todas as igrejas em todas as nações em que lógica semelhante ganha o controle.
Sim, logo saberemos quais nações honram a liberdade religiosa — mas também saberemos quais pregadores estão determinados a honrar a verdade de Deus, qualquer que seja o preço. O mandamento de Paulo para os pregadores de pregar a Palavra, “em tempo e fora de tempo” é sobre mais do que quando a pregação é mais ou menos popular. Pode bem significar pregar a Palavra, na cadeia ou fora da cadeia.
Apenas pergunte para Dale McAlpine.
Publicado com a permissão de www.albertmohler.com
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/may/10050603.html
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".