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segunda-feira, 19 de março de 2012

Leonor Berger e o estranho caso das mulheres “machistas”

 

LUCIANO AYAN

Fonte: Marxismo Cultural

Há algumas semanas (meses?) atrás ficamos a saber duma jovem cuja vida aparentemente foi salva devido ao tamanho dos implantes nos seus seios. Esta notícia com um final feliz causou a que uma feminista mostrasse mais uma vez o que se torna cada vez mais óbvio: as feministas odeiam mulheres que se esforçam para cativar a atenção e o desejo dos homens.

Aparentemente, e segundo as auto-promulgadas “defensoras dos direitos das mulheres”, as mulheres podem fazer quase tudo (até matar bebés) mas não podem de maneira nenhuma modificar o seu próprio corpo como forma de fazer o que as mulheres já fazem há milénios: usar a sua própria beleza para atrair homens.

Um exemplo cabal disto é este texto escrito por uma feminista com o nome de Leonor Berger. Ela diz:

Raparigas adolescentes, mesmo crianças de 10-12 anos (e nem quero entrar no tema da potencial pedofilia…), expõem os seus corpos e fazem poses que acham sexy, para chamarem a atenção dos rapazes e homens que surfam na Internet.

Será que as feministas não se apercebem que esta táctica de envergonhar os homens em relação ao seu natural apreço por mulheres bonitas não funciona? Porque é que sempre que se fala de mulheres ADULTAS que usam a sua beleza para atrair homens, as feministas invocam o perigo da pedofilia em tais casos?

Se há menores que erradamente e perigosamente colocam fotos suas na internet, isso é da responsabilidade dos pais da criança (ou da mãe solteira, como é normal hoje em dia). Sem dúvida que isso é algo que tem que ser combatido e prevenido mas o foco do post da Laura não é bem esse, como se vai ver mais adiante.

Publicam fotos e vídeos nos blogues e nas redes sociais, chegando mesmo a enviá-los por email ou sms a rapazes (ou homens) que conhecem. Tudo porque hoje em dia, para se ser bem-sucedida, pensa-se, há que ser sexy. E ser sexy é mostrar muita pele.

Falso. Ninguém defende que para uma mulher ser bem sucedida ela tem que ser sexy. O post da Leonor não é sobre as mulheres bem sucedidas mas sim sobre mulheres que usam a sua beleza para atrair a atenção masculina.

É para este fenómeno que alguns escritos feministas têm alertado ultimamente. Sob uma aparência de alegada libertação sexual, mulheres cada vez mais jovens objectificam-se em público – e não há actualmente lugar mais público que a Net.

Notem na passagem “cada vez mais jovens” e reparem como isso vem na mesma linha do que foi dito em cima; sempre que as mulheres modificam a o seu corpo para atrair os homens, as feministas invocam incessantemente o espectro da pedofilia.Isto é problemático e suspeito. Porque é que quando se fala em mulheres bonitas, as feministas começam logo a pensar em menores semi-despidas? Os homens sexualmente normais não fazem qualquer tipo de relação entre mulheres adultas bonitas e menores nuas. É a mente porca das feministas que geralmente faz essa conexão.

Repare-se também como as feministas não gostam da forma como a liberdade sexual está a ser usada pelas mulheres mais jovens e bonitas. Aparentemente usar a “liberdade sexual” para saltar de cama em cama é perfeitamente legitimo. No entanto, usar dessa “liberdade sexual” para atrair o desejo masculino já não é legítimo. Não se entende como é que as mulheres podem usufruir o “sexo livre” que as feministas tanto defendem sem primeiro usar do seu poder de atracção para cativar os homens com quem esperam levar a cabo o irresponsável “sexo livre”.

No entanto, não existe nisso qualquer forma de liberdade.

Ai não? A mulher adulta não é livre para exibir o seu corpo como e quando quiser? Não é ela livre para escolher os homens que lhe agradam?

Pelo contrário, este fenómeno serve apenas para alimentar o voyeurismo de alguns homens e perpetuar estereótipos

Eis aqui o verdadeiro problema que a Leonor não revela. A premissa não revelada do seu texto é: “as mulheres não devem ser escravas da beleza porque isso é dar poder (de escolha) aos homens”.

O que as Leonores deste mundo – e o seu grupo de feministas envelhecidas – odeiam não é a o facto de existirem mulheres que gostam de se exibir, mas sim o facto delas se exibirem aos homens. Esse tipo de exibição sub-entende que a mulher está a conformar a sua psicologia estética aos padrões que agradam aos homens – e não às mulheres.

Por exemplo, se estas mesmas mulheres exibissem o mesmo corpo em revistas lésbicas, as feministas não levantariam qualquer tipo de problema com isso porque o poder continuaria do lado das mulheres. Mas como o apelo que está a ser feito pelas mulheres bonitas assume padrões de beleza que satisfazem os homens, as feministas não gostam.

Por “perpetuar estereótipos” entenda-se “padrões de beleza masculinos que as feministas odeias”.

E que dizer da actual mania das cirurgias plásticas, sobretudo para inserção de implantes mamários?

Sim, o que dizer delas? Qual é o mal em levar a cabo modificações corporais (de forma saudável) que visem atrair os homens?

E as misses da Venezuela? Todas elas produzidas, processadas, transformadas por um senhor que, há muitos anos, escolhe as meninas para concorrerem a miss – não com base naquilo que a natureza lhes deu, mas no potencial para terem o aspeto pretendido depois de irem à faca.

Ou seja, as mulheres que se alindam para agradar os homens estão a levar a cabo prácticas análogas ao que o esquerdista Hugo Chavez faz ao embelezar as venezuelanas para os concursos de beleza. Portanto, se tu causas a que uma mulher modifique a sua beleza de modo a que ela fique mais atraente aos olhos dos homens, tu és um ditador comunista.

Por um título de beleza, as raparigas sacrificam a sua beleza natural e singular

Não “sacrificam”: melhoram a sua beleza natural e singular.

Como se atrair um homem, de preferência rico, fosse a ambição máxima de uma mulher moderna…

Lá está o que foi dito em cima. O problema não é a beleza em si mas o uso que elas fazem dela (atrair homens). Talvez não seja a ambição da Leonor atrair homens, mas a esmagadora maioria das mulheres mundiais não pratica o lesbianismo e como tal agrada-se em atrair a atenção masculina.

Repare-se no termo “mulher moderna”. Isto é uma das tácticas que as feministas usam para envergonhar as mulheres que se conformem aos gostos estéticos masculinos. Para as feministas, as que se conformam às preferências masculinas são “antiquadas”, as que se revoltam são “modernas”.

É este o novo machismo.

Apreciar a beleza feminina é “machismo”. Mulheres que se alteram para atrair homens estão a ajudar o machismo. O machismo é mau, logo, as mulheres bonitas estão a ajudar o mal. Elas têm que ser combatidas, humilhadas e criticadas como forma de impedir que mais mulheres usem a sua liberdade sexual de formas que não agradam à elite feminista.

Estas raparigas pretensamente modernas do século XXI

“Pretensamente”. Elas parecem ser modernas mas não são. Como é que sabemos que não são? Ora, pelo simples facto de tentarem atrair a atenção dos homens.

[elas] estão a recuar ao tempo em que as mulheres precisavam de um homem para viver

As mulheres ainda precisam de pelo menos um homem para viver. Nenhum sociedade sobrevive sem homens.

e em que precisavam de agradar aos homens, de preferência pelo aspecto físico porque o resto não tinha importância.

Se isto fosse verdade, os homens de antigamente casariam-se só com prostitutas visto que “o resto não tinha importância”.

Note-se outra vez o termo “agradar os homens“. Esta é a raiva desta feminista: mulheres que tentam agradar os homens. Para as feministas, isto é totalmente inaceitável visto que não é suposto as mulheres submeterem-se aos homens, nem que sejam aos gostos dos mesmos.

Mas há notícias terríveis para a feminista Leonor Berger: enquanto as mulheres forem mulheres e enquanto os homens forem homens, as primeiras irão sempre trabalhar para atrair os últimos. Pior, este esforço de atracção será feito segundo padrões de beleza que satisfazem os homens.

Os piores inimigos da libertação feminina não são os homens; são as mulheres machistas;

Sem dúvida que as mulheres que foram criadas bonitas e atraentes ficarão chocadas em saber que ao tentarem atrair a atenção masculina elas estão a agir de acordo com o machismo.

Portanto, eis aqui o conselho da elite feminista para as mulheres bonitas: parem de ser tão bonitas!

Um comentário:

Homenagem aos cafagestes disse...

Hino Dos Cafajestes

Ultraje a Rigor


Nós, os cafajestes do Brasil
temos como missão cafajestar
queremos nossas esposas prá chifrar
e o povo prá enganar


Filhos nos quatro cantos do Brasil
pensões que nós deixamos de pagar
contamos com o respaldo popular
em qualquer lugar


Canalhas!
em qualquer posto dessa nossa sociedade
os cafajestes do Brasil
podem viver com toda liberdade

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".