Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 21 de março de 2012

A AUSÊNCIA DE LULA

 

NIVALDO CORDEIRO

08/03/2012

Bastou Lula calar-se, por força de sua enfermidade, que vimos o governo de Dilma Rousseff perder o rumo, fato tão bem ilustrado pela derrota na recondução de Bernardo Figueiredo para a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, ocorrida ontem no Senado. O fato em si é irrelevante, mas indica que a retirada de cena do ex-presidente significa perda de prestígio e de autoridade do governo do PT.

Não que Lula seja um gênio da política, como querem alguns apologistas, mas os caciques sabem do seu poder eleitoral e o respeitam. A chave para a autoridade de Lula é que ele tem votos, aqueles mesmos que transferiu a Dilma Rousseff e que esta de forma alguma se tornou deles proprietária. É de fato o poste governante. Sem Lula ela está ao relento, desprovida de articulação política e de liderança sobre a tal “base aliada”, ajuntamento de interesses heterogêneos, entre os quais se conta a vontade de reduzir o poder e a arrogância do PT.

O desamparo provocado pela ausência de Lula é ainda mais notável no candidato Fernando Haddad, nome escolhido pelo ex-presidente para disputar a prefeitura de São Paulo, contra todas as objeções dos caciques locais do PT e dos nomes naturais, como Marta Suplicy. Não ao acaso a colunista Dora Kramer referiu-se a ele hoje como o “ainda pré-candidato”. O advérbio está muito bem posto. A frase pode expressar um ato falho da jornalista, mas relata um fato possível: o eventual passamento de Lula ainda no primeiro semestre pode retirar do candidato a sua única base de sustentação. E mesmo que sobreviva à moléstia, se Lula perder a condição de comunicador político deixará de ser ator relevante no processo.

A situação de Fernando Haddad é dramática, ainda mais dramática do que a de Dilma Rousseff. Precisamos aguardar os acontecimentos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".