Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pesquisa da Uerj abala utopia das quotas raciais

INSTITUTO PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA

 9, junho, 2010

Atilio Faoro


As pesquisas,  quando feitas com objetividade, costumam desmentir as utopias. Foi o que se passou com a recente pesquisa sobre as quotas raciais, feita pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), primeiro estabelecimento de ensino superior do país a aderir ao sistema. O “Globo” (3-6-2010) apresenta o resultado com o título: “Pesquisa mostra os danos das quotas raciais”.
Quais são estes danos? Segundo “O Globo”,  o levantamento, realizado a partir dos dados do vestibular feito pela universidade em 2009, comprova “uma das mais cortantes críticas às cotas: criadas para supostamente corrigir injustiças, as cotas impedem a entrada no ensino superior de pessoas mais bem preparadas. É a confirmação do perigoso abandono do princípio do mérito”.
Os números não mentem. Das 2.396 vagas abertas naquele vestibular para cotistas, apenas 1.384 foram preenchidas, pois os candidatos não conseguiram obter a nota mínima: 2. Entenda-se: a relação entre candidatos cotistas e vagas foi quase um para um, enquanto entre os não cotistas 11 disputaram cada vaga.
Ora, como não foram exigidas maiores qualificações aos cotistas, muitos merecedores de entrar na universidade ficaram de fora. Ainda com base na mesma pesquisa, a Uerj tentou justificar as cotas afirmando que o índice de reprovação é maior entre os não cotistas. A constatação, no entanto, tem importância relativa, pois o dano maior, o de impedir o desenvolvimento de talentos apenas porque eles não são negros, já foi causado no vestibular.
Ao reduzir a importância do princípio do mérito em nome da “raça”, o Brasil não terá profissionais qualificados como a realidade requer e, como inadmissível subproduto, já começa a inocular o racismo no convívio cotidiano da juventude.
Esta pesquisa é um duro golpe na utopia das quotas raciais mas provavelmente vai ser relegada às urtigas. Os adeptos dos mitos socialistas pouco se importam com as pesquisas.
Para eles, prevalece a ideologia sobre a razão, o preconceito sobre a realidade, a utopia sobre a essência da natureza humana.  O Muro de Berlim caiu e o comunismo mostrou todo o seu horror. Eles “engoliram” este horror, deram a volta por cima e tocaram a vida para a frente. Nada viram, nada souberam, nada mudaram. Acontecerá o mesmo com o desastre das quotas raciais?

2 comentários:

Everardo disse...

A pesquisa citada fornece inúmeros dados que, analisados a partir de pontos de vista diferentes, consolidam informações e indicam a qualidade que se busca (apriorísticas e preconceituosas)nas quantidades numéricas. É claro que as cotas não são um mecanismo perfeito para correção de problemas centenários, mas o prejuízo ao " princípio do mérito" induz retorno cíclico: "mérito", no caso, é na maioria das vezes o atributo de ter nascido nas elites e, portanto, ter sido "bem preparado". Ora, é esse conceito que se busca desmistificar. Em regra, as elites pretendem o retorno da monarquia e do escravagismo...

Cavaleiro do Templo disse...

Quando meu pai entrou na ETFES, Escola Técnica Federal do Espírito Santo, ele não tinha pão velho em casa para comer. Nas escolas do Brasil, pelo menos nessa citada, o "mais do que pobre" (meu pai e diversos outros de seus colegas, conheci dezenas deles) eram tão pobres quanto ele. Para ele entrar lá como aluno, no caso dele, pela extrema pobreza, em sistema de semi-internato, nem mesmo teve que fazer prova. Tinha 13 anos. Era uma época em que escola prestava para alguma coisa além de formar militância pró-ódio e por isto ele e seus filhos tiveram uma vida digna.

Por tudo isto, eu digo: ao invés de tentar """acertar""" as coisas por cima, deveria a nata do lixo, os políticos brasileiros, acertarem-nas por baixo. Mas sabemos que isto não será feito "nêsti paíz" pois dar papel PinTado (certificados de cursos superiores) é o mote. E é muito simples de entender: a gratidão pelo papel pintado dá voto imediato. Já a gratidão por uma escola que FORME GENTE desde tenra idade só dará voto, se der, 15, 20 anos depois.

Teu discurso, por exemplo, é o discurso da imensa maioria dos professores universitários. E o "produto" dos professores universitários é este: 32% dos brasileiros com ENSINO SUPERIOR não são plenamente alfabetizados. Aqui: http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2009/12/olavo-de-carvalho-intelectualidade-da.html.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".