Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nem dinheiro nem igualdade trazem felicidade

BLOG DO MR. X

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um leitor recentemente reclamou que aqui quase só coloco links para textos em inglês. É verdade, mas é que é difícil encontrar bons textos sobre os temas que me interessam em português. Hoje repito a dose, dando dois links em inglês -- ainda por cima britânico -- para recentes textos de Theodore Dalrymple: um deles falando sobre a relação entre o crescimento econômico e a felicidade, e outro falando sobre os problemas causados pela utopia da igualdade social.

A conclusão do bom doutor parece ser que, nem o dinheiro ou as conquistas materiais trazem felicidade, nem a igualdade social é um bem desejável ou possível - muito antes pelo contrário, costuma arruinar muitas sociedades.

Sobre o primeiro ponto, é verdade que as sociedades (e as pessoas) mais afluentes não são necessariamente as mais felizes, ao menos na minha limitada experiência. Houve um tempo em que eu tinha bem menos acesso a bens materiais, mas era (acredito) mais feliz. Ou talvez era apenas uma questão de idade e circunstância. Por outro lado, uma recente pesquisa parece indicar que os ricos são mais felizes, sim. 

Eu não sei. A felicidade é sempre subjetiva. Mas acho que há algo a se dizer em favor do mito de que "os pobres são mais felizes", e acho que tem a ver com a vida em comunidade. Entre os ricos (e nas sociedades ricas) há mais individualismo e, portanto, mais solidão. A vida em comunidade é um dos fatores que fazem com que 65% dos habitantes prefiram não deixar as favelas, mesmo tendo opção (os outros fatores são proximidade ao trabalho e não-pagamento de IPTU, etc.)  

Em uma pesquisa sobre qual era "o país mais feliz no mundo", deu a Nigéria, seguida do México. Bem, as pesquisas variam muito. Em uma outra saiuCosta Rica, e em outra ainda a Dinamarca. (É preciso dizer que não sei qual a validade dessas pesquisas, já que é como uma pesquisa sobre sexo: todos mentem um pouco, e ninguém gosta de se declarar infeliz.)

Sobre a questão da igualdade, a questão é mais complexa, mas em geral sua perseguição só traz desgraça e sofrimento, para todos. Primeiro, porque é impossível, como a experiência socialista já mostrou: alguns são sempre mais iguais do que outros, nem que sejam os oficiais responsáveis pela "igualdade", que trabalham em cargos como Ministro da Igualdade Social. Segundo, porque as políticas de redistribuição de renda ou de terras costumam terminar em fracasso e desgraça. Dalrymple dá vários exemplos, observando que mesmo na Inglaterra as políticas de redistribuição terminaram criando muito mais infelicidade entre as subclasses dependentes do Estado, com alcoolismo, violência, suicídio, abuso infantil, etc -  muito embora eles tenham uma vida materialmente bem superior à de qualquer país de terceiro mundo. 



  Os pobres são mais felizes?

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".