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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Os trabalhistas sumiram com a grana. Não vai ter chá.

FOLHA

07/06/2010-08h36

DA EFE, EM LONDRES

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, advertiu nesta segunda-feira que o deficit público do país está em "pior" situação do que se pensava antes e, por isso, o problema afetará o "estilo de vida" de toda a população britânica.
Em discurso pronunciado à imprensa na cidade de Milton Keynes, nos arredores de Londres, Cameron reiterou a difícil situação das finanças públicas britânicas, já que o deficit chega a 156 bilhões de libras (US$ 225,64 bilhões e 177,84 bilhões de euros). A dívida total supera 70% do PIB britânico.
O premiê acusou o governo anterior do trabalhista Gordon Brown de gastar de maneira "excessiva". Segundo ele, a atual administração de coalizão terá de pôr a casa em ordem.
Se não houver cortes nos gastos públicos, o Tesouro terá de pagar 70 bilhões de libras (79,8 bilhões de euros) em juros da dívida em cinco anos, uma quantia que supera o que se investe em áreas como educação, transporte e medidas contra a mudança climática, afirmou Cameron.
O primeiro-ministro, cujo discurso é uma advertência do que se espera para o orçamento do estado, explicou que o governo de coalizão entre conservadores e liberal-democratas teve acesso às contas públicas do Reino Unido, as quais mostram que o problema "é maior do que pensávamos".
"A forma como enfrentaremos essas coisas afetará nossa economia, nossa sociedade e certamente nosso estilo de vida", ressaltou. "As decisões que tomarmos afetará cada um neste país. E os efeitos dessas decisões nos acompanharão durante anos, talvez décadas à frente".
Segundo ele, é por isso que o governo quer explicar à população a situação na qual estão as finanças públicas de maneira "transparente, responsável e justa".
"Eu quero que este governo leve adiante um plano inevitável de redução do deficit britânico de modo que fortaleça e una o país", destacou Cameron, que esteve acompanhado pelo responsável do Tesouro, Danny Alexander.
Ele ressaltou que a situação da dívida do Reino Unido é melhor que a da Grécia.
"Os mercados financeiros globais já não se centram simplesmente na posição financeira dos bancos. Eles querem saber se os governos que apoiaram os bancos nos últimos 18 meses tomam medidas para controlar as finanças", acrescentou.
No próximo dia 22, o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, divulgará no Parlamento o orçamento de emergência para cortar o deficit público.
Em 24 de maio, Osborne havia já havia divulgado o plano de cortes dos gastos públicos para reduzir em 6,25 bilhões de libras (7,125 bilhões de euros) o avultado deficit do país.
Os cortes afetam especialmente a área de informática do governo, assim como os gastos relativos a viagens de funcionários públicos, assistência financeira aos recém-nascidos e aos assessores externos financiados pela Administração.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".