June 2, 2010
Esquerdistas em geral adoram propagandear as maravilhas do serviço estatal, livre das pressões por lucro, uma vez que nossos impostos o sustenta. Quando o assunto é saúde então, nossos progressita não perdem a chance de dizer que o SUS – depois da eleição de Lula – é melhor que o sistema dos EUA, recentemente reformado por Obama. Ok. Discurso cada qual tem o que mais lhe agrada.
Mas, na prática, quando a coisa aperta, a patota esquerdista se vale mesmo é do velho e bom atendimento… particular! Mas não é qualquer um não. Se estão no poder, preferem os mais caros…
No O Povo:
Sérgio Novais, presidente do Diretório Municipal do PSB de Fortaleza, foi transferido na madrugada de ontem para o hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O quadro de saúde dele era tido como estável quando deixou o hospital Monte Klinikum, em Fortaleza, onde vinha recebendo cuidados médicos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). (…) A versão oficial para o mal-estar é de que o ex-deputado teve um “pico hipertensivo“- alta significativa da pressão arterial – por conta de estresse e desgaste causados pelo trabalho”.
Pois é. Em março do ano passado, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Unimed e depois transferida para o Hospital São Mateus, também por causa de uma crise de hipertensão. É o que dizem… Em seguida, Luizianne foi fazer tratamento em SP.
Na época escrevi o que segue em azul, que vale também para o caso de Sérgio Novais:
Com saúde não se brinca: Não desejo fazer proselitismo em cima da desgraça alheia. Quem faz isso é político populista. Problemas de saúde de gestores públicos sempre tem implicações políticas. Por isso, apenas constato um evidência constrangedora e lamentável, que milhões de brasileiros conhecem de perto. Não recrimino a cidadã Luizianne, porque, como eu disse, faria igual. Mas o episódio não deixa de ter um caráter simbólico, afinal, um gestor municipal é sempre o maior propagandista do sistema público. No entanto, infelizmente, apesar dos gastos vultuosos e dos impostos elevados, quando o assunto é saúde, o negócio, para quem pode, é procurar o sistema privado. Muita gente se sacrifica para pagar planos de má qualidade e ainda assim preferem isso a ter que recorrer a um posto de saúde.
Como garantir para a população que os serviços dos hospitais da rede municipal, estadual, ou mesmo o SUS, são de primeira qualidade quando os responsáveis por estas unidades são os primeiros a evitá-los?
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