Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

ESTOU DE BEM COMIGO

VIVERDENOVO

SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 2010

Por Arlindo Montenegro


O Código de Hamurabi, de 1972 a.C., reflete a preocupação do rei em garantir aos homens igual direito à justiça. Assim, o médico que em sua prática cegasse o paciente, deveria ter extraído o próprio olho. Lei do talião: “ôlho por olho”. Aquelas leis eram severas e estavam gravadas em pedras e espalhadas por toda a cidade, pra ninguém dizer que “não sabia”.


Se alguém enganar o outro, será condenado à morte! Se difamar e não provar, idem.


Se uma pessoa roubar ou receber o produto do roubo, será condenada à morte;
Se uma pessoa sequestrar o filho menor de outra, será condenada à morte.
Quem arrombar uma casa, será condenado à morte na parte da frente do local do arrombamento e enterrado ali. E vai por aí.


A historia das sandices humanas está descrita nos vários códigos conhecidos, todos voltados para arrumar o comportamento para uma vida estável em sociedade. Matar, furtar, tomar a mulher do outro, respeitar os pais, calúnia, injúria e difamação estão presentes em todas as eras e mas recentemente, entre nós, leis exponenciais como o decreto de luto oficial pelo bode que morreu ou aprovação de verba para a construção de uma pista de pouso para discos voadores.


E a à Declaração dos Direitos Humanos? Contraposição aos desumanos comportamentos universais. Mas nenhum estado, rei, presidente, conseguiu garantir integralmente o direito a vida, a liberdade e a segurança pessoal. A proteção das leis atende a uns poucos privilegiados e a realidade é a servidão total das pessoas a serviço das minorias que controlam o estado.


As prisões arbitrárias, torturas e exílio e os julgamentos secretos e as execuções sumárias continuam sendo praticadas por “revolucionários”, que se dizem libertadores. Os cristãos e outras religiões continuam sofrendo perseguição, prisão e os cultos proibidos em público. A propriedade perde a proteção, tanto quanto a liberdade de expressão. A informação é deturpada e limitada e os trabalhadores são obrigados a pagar para manter estados cada vez mais insolentes.


As pessoas almejam as “condições justas e favoráveis”, que continuam, parcialmente, no papel do direito “ assegurado pelo Art. XXV: “ um padrão de vida capaz de assegurar (ao trabalhador) e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.”


No caso das crianças, nem é bom falar. É vergonhoso! Principalmente quando a referência é à instrução. Os pais não apitam nada! O estado avança em todas as áreas para formar os dependentes mentais da autoridade que controla a todos, mental e fisicamente.


Há muita coisa que a gente não aprende mais na escola: nada sobre o senso crítico, nem como desenvolver a capacidade de resistir às cores, sons e palavras hipnóticas, escolhidas, para fazer da doutrinação ideológica uma crença, uma “opinião” que parece própria.


Já é impossível provar que, apenas seguir os velhos e esquecidos mandamentos da Lei mosaica, seria suficiente para que os comportamentos, que permeiam as relações entre as pessoas em sociedade, fossem mais humanos, em obediência e veneração ao que transcende, ao que está acima de qualquer homem-estado, incapaz de alcançar o respeito e a colaboração do gênero que se proclama humano!


Hoje estou de bem comigo mesmo. Sem culpa por sentir nojo, desprezo e medo de uma realidade indesejada. Sem culpa de ser quem sou – amado ou odiado - pela impossibilidade de ser quem um dia imaginei viria a ser: bondoso, reto e justo como um santo. Guardo uma gratidão inabalável pelos antepassados, que me ensinaram a prezar a liberdade, asas para voar que nem passarinho de muitas gaiolas mentais e materiais.


Foi na prática e amparado por lições de grandes pensadores, que percebi o natural caminho da natureza a que pertenço, em busca do sol, do alimento e da sobrevivência. E pela vida afora admirei e colecionei exemplos de virtude para errar muito, sempre que agi “pesando com o coração”, muitas vezes sem refletir. Também descartei outros tantos exemplos de vício e sordidez.


O que mais se fixou como valor foi a família e a amizade, valores perdidos, esquecidos, espezinhados pela manada cega que, por conveniência aguarda a esmola dos trampolineiros políticos. Fixou-se também a oposição encarniçada dos que perderam a fé em si mesmos, contra os valores da civilização, firmados à custa de tanto sangue regando a terra. Fixou-se a observância aos “10 Mandamentos”. Hoje é impossível o respeito aos próceres de um estado que não respeita a ninguém.


Ouvi falar de um sujeito que embolou e embotou a mente das gentes, construindo uma teoria para que o estado distribuísse “a cada um segundo seu trabalho” e depois de muito juntar, “a cada um segundo sua necessidade”. Será possível? Um dia duvidei. E hoje estou convicto do jogo bêbado de palavras, que enganaram e ainda enganam tanta gente envolvida num gigantesco jogo, um quebra cabeças com regras que uns poucos conhecem e mudam a seu bel prazer, em proveito próprio.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".