Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Obama no fio da navalha

ALERTA TOTAL
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


terça-feira, 8 de junho de 2010


Por Márcio Accioly


Quando o vazamento de óleo no Golfo do México teve início (e ninguém em sã consciência consegue prever seu fim), a British Petroleum (BP), declarou ser “relativamente pequeno” o volume que se derramava. Disse mais: o montante diário não chegaria a cinco mil barris de óleo jogados dentro do Golfo.

Com o passar dos dias, percebeu-se não ser bem assim. Houve quem calculasse o total de mais de cem mil barris por dia, embora, até hoje, não se tenha alcançado número confiável na dimensão do desastre. O que se sabe é que a explosão da plataforma submarina, ocorrida no dia 20 de abril, tornou-se catástrofe mundial.

O que se sabe também é que a BP utilizou tipo de metal “não apropriado” para o poço, fato apontado em relatório interno datado de 22/06/2009, assinado pelo engenheiro sênior de perfurações da Empresa Mark E. Hafle, e que agora veio à tona. Apesar de avisos documentados, nenhuma providência foi tomada.

O vazamento de óleo já destruiu toda a atividade pesqueira do sul dos EUA, atingindo os estados do Texas, Louisiana, Mississipi, Alabama, e Flórida. Os prejuízos financeiros ainda não se fizeram sentir, mas causarão considerável rombo nas finanças do país, notadamente na área do turismo.

A situação vai ficar tão grave que até mesmo o presidente Barack Obama correrá sério risco: as pessoas estão ansiosas à procura de bode expiatório, e triste daquele que estiver situado na linha de ira. O presidente, aliás, que não fugiu à responsabilidade, tem ido com freqüência ao Sul do país, mas de nada tem adiantado ou adiantará.

As populações atingidas exigem medidas que durante décadas estarão no rol das impossíveis: seus empregos de volta, dinheiro que permita pagar necessidades básicas do dia-a-dia e o mar novamente limpo a lhes trazer alimento. Exigem, acima de tudo, que se feche o poço. Mas já se fala em mais quatro meses de óleo derramando.

Quem mora nas praias, antes paradisíacas, é obrigado a conviver com a fedentina dos milhares de animais mortos, e o insuportável mau cheiro do óleo cru que não cessa de invadir pântanos, arrecifes, criatórios de peixes e orla marítima. A queda do turismo já se faz sentir no cancelamento de milhares de reservas nos hotéis.

As televisões têm exibido trabalho improfícuo de dedicados voluntários ao tentarem salvar pelicanos e outras aves no período de procriação. Os animais já chegam intoxicados e inevitavelmente condenados, sem nenhuma chance de sobreviver. Além do mais, depois de limpos não têm para onde ser devolvidos. É agonia prolongada.

O óleo já fez a curva na ponta da Flórida, onde fica a Cidade de Miami, devendo atingir as Bahamas (um pouco abaixo), e Cuba. De lá, segundo os especialistas, seguirá em direção ao Ártico, sujando toda a costa leste dos EUA. Mas ninguém sabe ao certo seu rumo, pois tudo dependerá de correntes marinhas e da força dos ventos.

Tudo isso acontece num instante em que o Congresso Nacional do Brasil discute a questão do pré-sal e o tipo de divisão de royalties a ser estabelecido entre os estados. Coisa de quem não tem mesmo o que fazer. O poço do Golfo do México, entre 1500m e 1600m de profundidade, em nada se aproxima dos 7000m do pré-sal.

Imagine-se desastre de tal proporção a essa profundidade! Não se tem ideia de quando existirá tecnologia disponível para se arriscar a perfuração de poço a 7 km de profundidade marítima. Mas o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), apareceu até mesmo chorando, mobilizando pessoas e bradando “em defesa” do Rio.

Os financistas, executivos e políticos que dirigem o mundo não têm a menor pista sobre sua diversidade e acreditam sinceramente que podem controlá-lo da mesma forma que colocam arreio nas massas. E ainda há quem ache que o ser humano é viável.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".