Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Diversão sustentável, felicidade e consciência

INSTITUTO MILLENIUM

08/06/2010

Joao Antonio Wiegerinck


No jornalismo existe uma técnica denominada “diluir a notícia”. Desde a escolha no tamanho, formatos, disposição e cores de tipos e fontes empregados na divulgação dos fatos, até a forma de tratar os conteúdos envolvidos, ou seja, aquilo que se quer diluir e quais serão os demais itens responsáveis por esmaecer o que realmente interessaria ao leitor.
Por óbvio, tal procedimento cabe em qualquer formato de mídia. Do editor, redator ao apresentador de um telejornal, é possível imaginar técnicas de abordagem da notícia. Tom de voz, gráficos explicativos do que já se entendeu há muito, além da repetição do mesmo objeto com diferentes roupagens.
Assim, o que deve ser diluído ganhará menor ou igual destaque a outro fato ou fatos, produzidos ou não para este fim, mas que ocuparão destaque exagerado diante do que representam no quadro geral.
Quando do lançamento do Euro, Bill Clinton ganhou manchete ao lado da sua ex-estagiária. E o que deveria ter sido o nascimento da primeira moeda forte a competir com o dólar americano, virou nota de rodapé. Pouca coisa pode competir com escândalo sexual no mundo da informação. E neste caso, a libido presidencial emprestou virilidade ao chefe de Estado e governo, assim como concedeu ares de compreensão, perdão e grandiosidade de alma para sua esposa, alçada ao Senado na época, e hoje atuando no palco internacional.
Para quem quer algo mais próximo, basta lembrar os escândalos do Sr. José Dirceu e sua quadrilha nos corredores de Brasília. Tão logo eclodiu, surge a MP dos Bingos, tão absolutamente polêmica e desnecessária. Mas, que serviu de forma magistral para diluir a notícia desinteressante ao Partidão.
E agora, temos eleições em ano de copa do mundo. Sim, o brasileiro é alucinado por futebol. Se fosse tão alucinado por entender e atuar politicamente, talvez só tivéssemos revoluções, ou seriamos a maior potência do mundo. É possível imaginar os marqueteiros de campanha associando o candidato e seu programa à competição futebolística, e quem der uma grande sacada nessa área, leva um numero imenso de votos, por associação à propaganda, e não ao caráter do candidato ou a veracidade de suas propostas.
O PAC tão aclamado é um fracasso. O pouco que saiu do papel está inacabado e sem previsão para continuar. Contudo, quem é que discute isso faltando tão pouco para a copa do mundo? Entra agora aquele pensamento com vida própria, o “que se dane, depois a gente vê!” E é nesse pensamento que o atual governo aposta para se eleger. O depois será tarde demais, e eles sabem disso.
Cabe até considerar sobre o pensamento e o pensar. É curioso ouvir coisas como “estou cansado de pensar”, ou “agora não quero pensar em nada”. Fomos feitos para pensar. Pensamos o tempo todo, até sobre a ilusão de não pensar. O que ocorre, mesmo, é que podemos decidir não decidir. Podemos abrir mão de optar. O custo? Quando nos recusamos a “pensar”, ou seja, a decidir ou optar, alguém irá optar por nós. Isso é certo. O que não é certo é que decisão será tomada com nosso aval. Convenhamos, é um preço muito alto para pagar.
Se eu vou curtir a Copa do Mundo de 2010? Com certeza. Mas, ficarei atento demais à já prevista diluição pretendida por quem espera se reeleger com tanta facilidade. Pensar é um presente da evolução. Não o desperdiçarei embalado em cantos de sereia. Desejo que muitos percebam o valor de pensar, sem deixar de se divertir. Um país se desenvolve com a educação, a cultura, o engajamento de seu povo, e também com a diversão.
E até para usar um termo bastante em voga, que tal uma Diversão Sustentável? Torça pelo nosso time! E torça ainda mais para o nosso país! A Felicidade anda de mãos dadas com a Consciência.

2 comentários:

Anônimo disse...

Me deves um teclasdo novo.

Vomitei em cima do meu, após ler tanta imundicie, aqui.

Cavaleiro do Templo disse...

Coma a matéria vomitada de volta, assim não perde nada. Teclado, pede pro seu papai.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".