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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Íntegra da carta de Dom Bergonzini aos Bispos: “Diante desses fatos, sou obrigado a enviar uma reclamação ao Papa Bento XVI…”

FRATES IN UNUM



Caríssimos irmãos,
Como é de conhecimento de todos, em 01.07.2010, iniciei uma campanha contra os candidatos favoráveis ao aborto, de todos os partidos, a qualquer cargo. O PT – Partido dos Trabalhadores – é o principal articulador dessa ação no Brasil e, também, do “casamento” de homossexuais. Desde 1991, vem tentando implantar o aborto, com o projeto de lei n. 1.135/91, dos então deputados do PT Sandra Starling e Eduardo Jorge. Os Congressos do PT aprovaram a liberação do aborto como programa do partido. O projeto de lei 1935/91 foi derrotado na Comissão de Seguridade e Saúde por 33 a 0 e na Comissão de Constituição e Justiça, dor 57 a 4., na Câmara Federal. O deputado do PT, José Genoino, demonstrando o ferrenho propósito de implantar o aborto, requereu a aprovação do projeto de lei 1935/91 diretamente pelo plenário, onde a bancada de deputados da “base aliada” do governo tem a maioria e pode ser aprovado a qualquer momento. Projeto de Lei n.º 1.151/95, sobre o casamento civil entre homossexuais, foi apresentado por Marta Suplicy em 26 de outubro de 1995, quando ela ocupava a cadeira de deputada federal pelo PT. Iara Bernardes, então deputada federal do PT, apresentou o projeto de lei 122/ 2006, que impede as pessoas e os religiosos de emitirem opinião sobre homossexuais, sob pena de prisão.
O meu comportamento é baseado em minha consciência e no Evangelho. E visa a discussão de valores com a sociedade. Seja qual for o resultado das eleições, filósofos, sociólogos, antropólogos, religiosos e a população já começaram a debater o que chamam de “agenda de valores”. O relativismo na sociedade e na Igreja Católica, sempre lembrado pelo Papa Bento XVI, também tem sido questionado: o meu sim é sim e o meu não é não. Não estou me esquecendo dos problemas dos pobres. Para isso, no Brasil, há leis especiais que devem ser cumpridas por qualquer governante. Sem contar a ajuda voluntária dos católicos realizada em todas as paróquias, pelas várias pastorais.
Ocorre que, no dia 07.10.2010, tive uma grande surpresa. Dom Demétrio Valentini, da Diocese de Jales, publicou uma matéria de meia página, no jornal Diário de Guarulhos, editado em minha diocese, com uma acusação de crime eleitoral. Um bispo acusando outro de crime, pela imprensa. É algo muito grave e inadmissível. Anteriormente, recebi uma carta anônima com velada ameaça à minha vida, que já está nas mãos da polícia.
Imaginava ter sido um destempero momentâneo do bispo de Jales. Enviei-lhe uma carta, com cópia ao presidente da CNBB-Regional Sul-1, Dom Nelson Westrupp, reclamando do fato e apontando a suspeita de o bispo de Jales estar atuando partidariamente.
A confirmação da atuação partidária de Dom Demétrio Valentini veio na revista Isto É, pg. 40, edição 2135, de 13.10.2010. Nessa revista está escrito: ”A exemplo do pastor Manoel Ferreira, dom Valentim é amigo de Lula, tem exercido papel fundamental no diálogo com os católicos.” Além disso, Dom Valentini insiste em que “esta situação precisa ser esclarecida e denunciada” dando a entender que existe qualquer interesse além do Evangelho.
Há igrejas evangélicas no Brasil, cujos pastores são a favor do aborto ou tem interesses políticos, que estão se posicionando partidariamente a favor da candidatura do PT.
Por essas circunstâncias, sou forçado a concluir que:

a) a matéria publicada no jornal de Guarulhos teve a mão do Partido dos Trabalhadores e visou me amedrontar;

b) a matéria visou, também, assustar os fiéis de minha diocese;

c) em âmbito nacional, visou assustar os Bispos e a comunidade cristã e

d) parece que há Bispos da Igreja Católica, no Brasil, que estão trocando o Evangelho do Senhor pela política partidária e por amizades pessoais.
O histórico do aborto, desde 1974, pode ser visto no link http://www.youtube.com/watch ?v=4cJZZzWysN4
Dom Aldo Pagotto lembra que situação semelhante à brasileira, com a destruição da moral e da ética, para implantação do comunismo na Itália, somente não aconteceu por conta da atuação do Papa. Dom Aldo historiou os fatos no vídeo postado no link http://www.youtube.com/watch?v=j2q2DI9RsUo
Como lembrou Dom Aldo, na época o Papa disse “Não podemos nos calar.” Nós, agora no Brasil, também não podemos nos calar. Vamos agir e orientar o povo para que não se deixe enganar pelos oportunismos de última hora.
Diante desses fatos, sou obrigado a enviar uma reclamação ao Papa Bento XVI, imediatamente, com toda a documentação, pedindo-lhe que tome as providências que julgar cabíveis e necessárias, para reorientar a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, inclusive me orientar, se eu estiver agindo em desconformidade com o Evangelho.
Quero deixar claro que nunca indiquei apoio a qualquer candidato, como agora não o faço. Estou sendo coerente com meu artigo “Daí a César o que é de César”, publicado em 01/07/2010.
Estou comunicando, também, estes fatos todos os irmãos Bispos e Cardeais do Brasil, e a imprensa, através de replicação deste email. A carta a Dom Demétrio Valentim será publicada no site www.diocesedeguarulhos.org.br.
Não tenho intenção de polemizar, mas simplesmente de deixar clara a minha posição como Bispo, em defesa da Igreja, dos mandamentos de Deus.
Rogo a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora de Aparecida, Padroeira do Brasil, que proteja a Igreja Católica e nos proteja a todos.
Guarulhos, 12 de outubro de 2010, dia da Mãe Aparecida.
Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Diocesano de Guarulhos

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".