por Paulo Zamboni em 8 de outubro de 2010 Opinião - Brasil
Embora seja um tema polêmico e muito importante, o aborto não é o único ponto que deveria estar sendo levantado para questionar as posições da candidata petista e de seu partido.
A corajosa abordagem de um assunto que é caro aos valores da maioria da população brasileira, o direito à vida do feto indefeso, fez com que muitos eleitores procurassem saber o que pretendem os candidatos ao cargo de Presidente da República quanto a este tópico. Inegavelmente, as posições da candidata governista sobre o tema fizeram o público perceber que ela é contraditória, ambígua ou claramente contrária aos desejos de parcela significativa da população.
Ressalte-se que a candidata tem todo o direito de ser favorável ao aborto - afinal, cada um tem e revela os valores que cultivou durante uma vida – só não tem o direito de tergiversar sobre o assunto, além de desqualificar aqueles que simplesmente lembraram ao público as declarações que Dilma Roussef havia dado sobre o assunto, demonstrando que ela e seus simpatizantes tinham consciência de que suas posições eram potencialmente negativas junto ao eleitorado, sendo necessário escondê-las.
Mas é urgente lembrar que este não é o único tema vital em relação ao qual a candidata petista deveria estar sendo cobrada. Ela também deveria ser perguntada sobre seu posicionamento frente a outros pontos do PNDH-3 - Plano Nacional dos Direitos Humanos-3, no qual a liberação do aborto está inserida.
Pelo conteúdo do PNDH-3, o país pode esperar medidas tão radicais quanto a liberalização do aborto, como a criminalização do direito de opinião, especialmente decorrente de opções religiosas, relativização do direito de propriedade privada, particularmente no campo, supressão da liberdade de imprensa, e isto para citar apenas alguns exemplos. Documento redigido tendo como base os desejos da militância petista e seus aliados de extrema esquerda, formatado segundo as conclusões das reuniões de grupelhos que têm a pretensão de ser os representantes e os porta-vozes de uma população de 200 milhões de almas, passando por cima do Legislativo, o PNDH-3 seria o paradigma de um novo ordenamento social e jurídico, usando para tanto o aparelho estatal e seus instrumentos de coerção. Diante da maioria obtida nestas eleições pelos partidos que formam a base governista, é fácil perceber o que irá acontecer caso um Executivo controlado pelo PT apresente tais propostas para votação a partir da próxima legislatura.
O PNDH-3 é a grande ameaça à liberdade da sociedade brasileira, e é sobre ele que a candidata petista, cujo próprio passado é escondido a sete chaves e cuidadosamente omitido, deveria ser duramente questionada.
Tomando consciência dos pontos obscuros que cercam a candidatura oficial, a opinião pública poderia exigir respostas claras de Dilma Roussef, como está fazendo agora em relação ao aborto, e fatalmente perceberia que encontra-se diante de apenas uma das árvores que formam a sombria floresta de assuntos explosivos envolvendo o PT e sua candidata. Se o público não for corretamente informado, isso representará não apenas o desperdício do principal trunfo a ser usado contra os totalitários – a questão cultural/moral, tão ou até mais importante do que os temas administrativos e técnicos -, mas poderá facilitar a criação de um engodo, limitando as atenções a um único assunto embaraçoso, mas passível de ter as repercussões restringidas, enquanto o contexto maior do qual ele faz parte passa ao largo do debate público.
Ressalte-se que a candidata tem todo o direito de ser favorável ao aborto - afinal, cada um tem e revela os valores que cultivou durante uma vida – só não tem o direito de tergiversar sobre o assunto, além de desqualificar aqueles que simplesmente lembraram ao público as declarações que Dilma Roussef havia dado sobre o assunto, demonstrando que ela e seus simpatizantes tinham consciência de que suas posições eram potencialmente negativas junto ao eleitorado, sendo necessário escondê-las.
Mas é urgente lembrar que este não é o único tema vital em relação ao qual a candidata petista deveria estar sendo cobrada. Ela também deveria ser perguntada sobre seu posicionamento frente a outros pontos do PNDH-3 - Plano Nacional dos Direitos Humanos-3, no qual a liberação do aborto está inserida.
Pelo conteúdo do PNDH-3, o país pode esperar medidas tão radicais quanto a liberalização do aborto, como a criminalização do direito de opinião, especialmente decorrente de opções religiosas, relativização do direito de propriedade privada, particularmente no campo, supressão da liberdade de imprensa, e isto para citar apenas alguns exemplos. Documento redigido tendo como base os desejos da militância petista e seus aliados de extrema esquerda, formatado segundo as conclusões das reuniões de grupelhos que têm a pretensão de ser os representantes e os porta-vozes de uma população de 200 milhões de almas, passando por cima do Legislativo, o PNDH-3 seria o paradigma de um novo ordenamento social e jurídico, usando para tanto o aparelho estatal e seus instrumentos de coerção. Diante da maioria obtida nestas eleições pelos partidos que formam a base governista, é fácil perceber o que irá acontecer caso um Executivo controlado pelo PT apresente tais propostas para votação a partir da próxima legislatura.
O PNDH-3 é a grande ameaça à liberdade da sociedade brasileira, e é sobre ele que a candidata petista, cujo próprio passado é escondido a sete chaves e cuidadosamente omitido, deveria ser duramente questionada.
Tomando consciência dos pontos obscuros que cercam a candidatura oficial, a opinião pública poderia exigir respostas claras de Dilma Roussef, como está fazendo agora em relação ao aborto, e fatalmente perceberia que encontra-se diante de apenas uma das árvores que formam a sombria floresta de assuntos explosivos envolvendo o PT e sua candidata. Se o público não for corretamente informado, isso representará não apenas o desperdício do principal trunfo a ser usado contra os totalitários – a questão cultural/moral, tão ou até mais importante do que os temas administrativos e técnicos -, mas poderá facilitar a criação de um engodo, limitando as atenções a um único assunto embaraçoso, mas passível de ter as repercussões restringidas, enquanto o contexto maior do qual ele faz parte passa ao largo do debate público.
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