27/10/2010 | 00:18 | FABIULA WURMEISTER, DA SUCURSAL
Em encontro com evangélicos em Foz do Iguaçu, tucano diz que igrejas não podem ser proibidas de pregar contra “atos homossexuais”
Christian Rizzi /Agência de Notícias Gazeta do Povo
Serra ganhou uma Bíblia em encontro com evangélicos em Foz e disse que o projeto 122 permitirá que igrejas sejam perseguidas“Do jeito que está, ele [o projeto] passa a perseguir igrejas que têm posições contrárias ao homossexualismo”, disse Serra. “Uma coisa é perseguir e fazer grupos de extermínio contra os gays. Outra é proibir que as igrejas preguem contra atos homossexuais entre seus fieis. Eu vetarei essa lei.”
Questionado sobre como dará andamento ao Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), o tucano indicou o que considera quatro divergências fundamentais no documento: o desrespeito à propriedade privada, a instituição de mecanismos de controle da imprensa, a criminalização de quem é contra o aborto e a prática da homossexualidade e a proibição de símbolos religiosos em repartições e escolas públicas. Serra disse ainda discordar da proposta de controle social da mídia exposto no plano. “A criação de comitês de controle e de conferências na prática representa censura à imprensa”, afirmou.Antes de responder às perguntas dos pastores, o candidato surpreendeu o público ao saudar a “todos na paz do Senhor”, gesto que foi respondido com um sonoro “amém”. O candidato foi presenteado com uma Bíblia.
Ao pedir voto, Serra chamou a atenção para a necessidade da “multiplicação dos votos” e disse que todos devem ser capazes de “persuadir outras pessoas que estejam indecisas ou que não têm muita certeza de votar na candidata adversária”. “Nunca a palavra da mentira circulou tanto durante uma campanha como agora.” Hoje a comunidade evangélica reunida em Foz deve receber o candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer.
Serra disse ainda que, caso eleito, terá maioria no Congresso. “Eles [os petistas] estão falando muito que a candidata Dilma [Rousseff] teria maioria no Congresso e eu não. Isso não é fato. Conheço aquilo a fundo e sei bem como as coisas funcionam. Posso dizer que nós vamos ter maioria no Congresso porque os partidos não são homogêneos”, comentou. “Se eu conheço bem o PMDB, do qual fui integrante até 1988, e gente de outros partidos, posso garantir que não será assim.”
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