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terça-feira, 16 de março de 2010

Organizações denunciam Brasil à ONU por tortura de menores no Espírito Santo

Fonte: ÚLTIMA INSTÂNCIA
15/03/2010 - 10h52



CAOS CARCERÁRIO NO ESPÍRITO SANTO


Agência Brasil

O Conselho de Direitos Humanos do Espírito Santo e as organizações não governamentais Justiça Global e Conectas apresentarão nesta segunda-feira (15/3) à ONU (Organização das Nações Unidas) nova denúncia de violação de direitos humanos em unidades prisionais do estado. Desta vez, as entidades levarão às Nações Unidas um dossiê com relatos de adolescentes da Unis (Unidade de Internação Socioeducativa de Cariacica) sobre o uso de porretes contra os internos, prática considerada tortura.
 


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Segundo a denúncia dos jovens, alguns desses porretes utilizados por agentes da unidade traziam as inscrições “Pastoral do Menor” e “Xavier é Nóis” [sic], em alusão ao padre Xavier, coordenador da Pastoral do Menor no estado. O dossiê será apresentado em Genebra (Suíça), em sessão realizada paralelamente à reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, destinada a discutir casos de maus-tratos no sistema prisional capixaba.

A denúncia de tortura foi feita no último dia 24 de fevereiro, quando o próprio padre Xavier visitava a unidade acompanhado da juíza Patrícia Neves, titular da Vara da Infância e da Adolescência de Vila Velha. Os dois encontraram três porretes nos locais indicados pelos adolescentes: atrás do roupeiro dos agentes, no banheiro de uso exclusivo e no pátio interno de uma das galerias da Unis.

De acordo com o dossiê, os representantes da Pastoral da Menor flagraram agentes da unidade escondendo porretes “às pressas uma sacola preta, do tipo saco de lixo” no roupeiro usado para guardar os pertences deles. Em nota, as entidades civis também afirmam que foram encontrados “adolescentes com evidentes marcas de tortura” e que, em vez de atividades socioeducativas, “o que impera na unidade é a lógica do encarceramento”.

As denúncias ainda indicam que no mês passado, em uma delegacia de Vila Velha, 235 homens estavam presos em uma cela com capacidade para 36 pessoas. Segundo as organizações, 500 homens ainda estavam presos em contêineres de metal no Centro de Detenção Provisória de Cariacica.

Na Delegacia de Homicídios de Vitória, haveria um camburão chamado "micro-ônibus da homicídios", em que presos provisórios chegariam a passar semanas aguardando vaga em cela. Na Penitenciária Feminina de Tucum, as organizações informam que “comitiva constatou grave quadro de saúde das mulheres presas e recolheu balas de borracha e de chumbo encontradas dentro das celas”.

A situação prisional no Espírito Santo já foi alvo de denúncia encaminhada ao CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, à OEA (Organização dos Estados Americanos) e agora ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".