Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 16 de março de 2010

DECLARACÃO DE VOTO


DECLARACÃO DE VOTO

HEITOR DE PAOLA

Pode parecer prematuro uma declaração de voto a seis meses da eleição. No entanto, nas últimas 72 horas fui assediado por mais de meia dúzia de movimentos, sites, conjunto de blogs e quetais, todos se apresentando como “anti-Dilma”. Apesar da participação de pessoas bem intencionadas, estes assédios configuram claramente um disfarçado movimento pró-Serra. Testei alguns destes convites dizendo que não estava interessado em nada que beneficiasse tucanos, e a resposta invariavelmente foi: e qual alternativa ao PT, que não Serra?


Por que não abrem o jogo e convidam pessoas a um mutirão para eleger Serra? Por que se escondem hipocritamente atrás de um convidativo movimento “anti-petista”? Será que se envergonham de defender o voto num dos representantes no que há de pior no movimento globalista da Nova Ordem Mundial, moleque de recados de George Soros, da ONU, do Diálogo Interamericano e do Movimento Socialista Fabiano?


Originou-se num destes movimentos - um que reúne uma imensa quantidade de blogs - um email com a comparação entre as biografias de Dilma e Serra, em que a primeira é mostrada como o diabo em pessoa e o segundo como um anjo que desceu nos céus para nos livrar da ditadura petista. Eu que conheço Serra desde 1963 atesto que a biografia dele é mentira da grossa, de um injustiçado perseguido sem nenhuma razão pelos sanguinários militares, enquanto ela era uma terrorista, assassina, ladra e tudo o mais. Sim, Dilma foi tudo isto e seu lugar deveria ser a cadeia e não o Planalto. Mas quem é mais execrável: ela, que ao menos colocou sua vida em risco na luta aberta, ou Serra que, de um gostoso e confortável exílio era um dos comandantes das ações revolucionárias que as dilmas e os dilmos da Ação Popular Marxista Leninista do Brasil executavam?


Não tenho a mínima intenção influenciar quem quer que seja. Como autêntico liberal-conservador à moda antiga, acredito que só homens livres, capazes de pensar por si mesmos de forma independente e autônoma podem construir uma ordem nacional e internacional realmente livre. Não aceito – e desdenho – de movimentos coletivistas de quaisquer orientações ideológicas, que estão destruindo nosso País. Por isto, peço encarecidamente que se abstenham de me convidar para outros movimentos deste tipo. Ficarão simplesmente sem resposta!


Aos que pretendem construir aqui uma réplica do movimento Tea Partyrecomendo que desistam, no Brasil isto é impossível! A invasão gramcista foi de tal ordem que tudo se vê como política e/ou ideologia, enquanto o Tea Party não é nem uma coisa nem outra: é um movimento contra o governo forte e os altos impostos, de profundas raízes nas comunidades rurais, grassroot (raiz de grama), apartidário e longe de intelectuais das costas Leste ou Oeste – na verdade um movimento contra a longa dominação destes na política americana. Não é à toa que escolheram para seu maior evento nacional o Gran Ole Opry, em Nashville, Tennessee, palco do que há de mais tradicional do interior, acountry music, música caipira de primeira. Sei porque estive lá, é o que há de mais autenticamente americano, longe dos detestáveis salões e galerias intelectualóides de New York, Los Angeles ou San Francisco, onde a música e o povo do interior são chamados de cafonas.


Aqui no Brasil este povo é petista, alimentado pelos investimentos “sociais” iniciados pelos governos tucanos e incrementados pelos petistas. Tea Party de intelectuais? Nonsense!


Minhas opções por enquanto, caso não surjam novidades – a única até agora foi a candidatura do Dr. Mario de Oliveira Filho, à qual não me engajei, mas observo atentamente – são:


- Apesar de não estarmos num País livre com voto opcional: abstenção e pagar a multa (o maior problema é comparecer à uma agência desta praga chamada Banco do Brasil para pagá-la!)


- Voto em branco (nulo é interpretado como erro do eleitor)


(Sempre que há eleições surge o mito de que 51% de votos nulos + 1 anulam as eleições. Há quatro anos, Rafael Moura-Neves e eu pesquisamos a legislação e publicamos dois artigos desmentindo esta bobagem: VOTOS NULOS ANULAM ELEIÇÕES? e AINDA OS VOTOS NULOS).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".