Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Noite passada, conversei com Chesterton

Fonte: BLOG DO ANGUETH
Sábado, Março 13, 2010


Ele estava dando uma entrevista aqui no Brasil e eu, que conhecia a entrevistadora, pude assistir a gravação da mesma. Estava como sempre muito divertido, falando de tudo, até de seu proverbial tamanho e peso.

Num dos intervalos de gravação, tomei coragem e me dirigi ao grande escritor inglês.

– I am a big fan of yours. Coisa realmente ridícula de se dizer, mas o que dizer quando se está frente a frente com Gilbert Keith Chesterton?

– Well, thank you, but why?

– Because your books convert people.

– Do they?

– Yes, they really do.

– But, why? Aqui Chesterton está sendo apenas gentil, tentando fingir que não sabe que seus livros sejam um meio de conversão.

– Well, because ... Parei um pouco para pensar.

– I really don’t know. What I know is that they convert the worst of the pagans, the intellectuals.

– And why is that? Ele estava querendo mesmo puxar minha língua.

– Well ... I think that they convert intellectuals because they are a trap for those people. They think they will find “intellectual stuff” in your books and find Catholicism instead! I would say “Catholicism for adults”.

Quando Chesterton ouviu minha resposta abriu um belo sorriso e me deu um abraço muitíssimo acolhedor e então eu ....

ACORDEI!

Que pena que nossa conversa teve de ser interrompida assim. Eu queria lhe perguntar tantas coisas: sobre Padre Brown, sobre sua amizade com Belloc, sobre os finais de tarde nos bares da Fleet Street em Londres, sobre Frances, sua adorável esposa, sobre a vila de Beaconsfield, etc. Quem sabe haverá outras entrevista dele aqui no Brasil e eu possa delas participar!

Senti falta de Gustavo Corção lá onde estávamos. Gostaria muito de ter presenciado uma conversa dos dois. Mas acho que os dois estão sempre conversando lá no Céu.

De qualquer forma, com aquele abraço final, penso ter sido abençoado em sonho por meu escritor favorito!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".