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segunda-feira, 15 de março de 2010

As cadeias estão à espera dos arrudas protegidos pelo rei

Fonte: BLOG DO AUGUSTO NUNES
12 de março de 2010


Há três meses, os milicianos do PT endossam sem retoques todas as acusações que atingem José Roberto Arruda e, desde a véspera do Carnaval, festejam a merecida transferência para a cadeia do governador do Distrito Federal. Nenhum companheiro ressalva que o chefe da Turma do Panetone “ainda não foi condenado em última instância”. Nenhum enxergou “manobras partidárias” no “mensalão do DEM”. Nenhum debitou na conta de “perseguições políticas” as descobertas da Polícia Federal.

Como determina a novilíngua lulista, tais expressões são reservadas a bandalheiras produzidas por filiados ao PT ou parceiros da base alugada. Se envolve bandidos de estimação, qualquer pontapé no Código Penal ganha imediatamente o selo de ”trama forjada para prejudicar Dilma Rousseff”. A frase significa apenas que os acusados não têm nada de consistente a dizer em sua defesa. Compreensivelmente, tem sido declamada pelo bando que desviou milhões de reais da Bancoop.

Formuladas pelo promotor José Carlos Blat e divulgadas por VEJA, as denúncias foram reduzidas a ”perseguição política” e “manobra partidária” por João Vaccari, ex-presidente da entidade e hoje tesoureiro do PT nacional. A entrevista concedida ao Estadão pelo sucessor de Delúbio Soares confirma que um dos efeitos perversos da Era da Impunidade é o desembaraço com que gente com contas a acertar na Justiça procura passar de acusado a acusador.

Grosseiro na forma e fraudulento no conteúdo, o falatório debocha do Ministério Público, zomba das centenas de cooperados iludidos e tenta confundir o noticiário da imprensa com mentiras de ruborizar uma Dilma Rousseff. Vaccari garante, por exemplo, que as acusações de Blat não se refletiram em decisões judiciais. Falso. Mais de 70 juízes já se pronunciaram sobre o caso. Todos entenderam que a entidade pecou.

Enfiado até o pescoço nas operações suspeitíssimas, o Alto Companheiro também sustenta que todas as ações da diretoria foram autorizadas pelos cooperados em assembléias exemplarmente democráticas. Falso. Os dirigentes sempre se valeram de critérios arbitrários para decidir se alguém poderia ou não participar das reuniões.

Tudo somado, está claro que a população carcerária requer a urgente incorporação dos arrudas apadrinhados por Lula. A prisão do governador foi um sinal animador. A solidão do preso, uma ilha perdida no oceano de corruptos à solta, pode acabar comprovando que só vai para a cadeia gente que, além de filmada enquanto rouba, dispensa cautelas para tentar subornar testemunhas perigosas.

Arruda foi preso por excesso de provas, mas por falta de juízo. Sobram provas para engaiolar meliantes de todas as tribos. Como sobra dinheiro para construir presídios que nunca saíram do papel, tampouco faltarão celas. O que não pode faltar é coragem para prender também os protegidos pelo rei.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".