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terça-feira, 16 de março de 2010

Chanceler de Israel boicota discurso de Lula no Parlamento

Fonte: BBC BRASIL


Túmulo de Theodor Herzl
Túmulo de Theodor Herzl não deve ser visitado por Lula











O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, decidiu nesta segunda-feira boicotar o discurso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao Parlamento israelense, conhecido como Knesset.

Segundo a imprensa israelense, a medida foi tomada em protesto à decisão de Lula de não visitar o túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo.

O chanceler também boicotou um encontro entre Lula e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Segundo o chanceler, o líder brasileiro teria desprezado Israel por recusar o tradicional convite feito pelo governo israelense.

Apesar de Lula ter recusado a visita ao túmulo de Herzl, está programada uma visita do presidente ao túmulo do ex-líder palestino Yasser Arafat durante sua visita oficial a Ramallah, na quarta-feira.

Razões ‘ocultas’

Segundo um representante da comitiva brasileira, a decisão do presidente Lula de não ir ao túmulo de Herzl não foi influenciada por razões "ocultas".

"Não é uma questão de dar sinais políticos ocultos. Está se fazendo uma tempestade em copo d'água, e a decisão não é uma desfeita por parte do presidente", disse a fonte.

A informação que chegou ao governo brasileiro é de que a visita ao túmulo de Herzl não é praxe de viagens oficiais.


Os dois últimos chefes de Estado que passaram por Israel – o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi – não visitaram o local.

'Lamentável'

O chefe do protocolo do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yitzhak Eldan, disse à BBC Brasil ser “lamentável” que o governo brasileiro não tenha aceitado o convite de Israel para visitar o túmulo de Herzl.

"A prática na diplomacia internacional é respeitar o protocolo (dos países anfitriões)", disse. "Se eu fosse ao Brasil, não questionaria o protocolo em respeito ao país."

Segundo o embaixador Eldan, que coordenou, pelo lado israelense, a organização da visita presidencial, a sugestão foi feita para marcar os 150 anos de nascimento de Herzl, e Lula seria o primeiro chefe de Estado a incluir a visita em sua agenda.

"(Em visita a Israel na semana passada, o vice-presidente americano Joe) Biden depositou flores no túmulo de Herzl", comparou, admitindo, no entanto, que Lula seria o primeiro chefe de Estado a ter a visita sugerida desde a decisão israelense de voltar a homenagear o sionista em visitas oficiais.

"Até 1994, essa visita fazia parte de todas as visitas presidenciais. Com a morte de Rabin, mudamos o protocolo", disse.

"Eu, como chefe do protocolo, renovei a tradição para marcar os 150 anos de nascimento do visionário do Estado de Israel."

"O que é o protocolo? É o respeito aos símbolos e, nesse caso, respeito ao movimento de liberação do Estado judeu.”

"Manifestamos nossa decepção, mas não vamos insistir no assunto. Não queremos que isso ganhe uma dimensão que comprometa o sucesso da visita", concluiu.

Repercussão

O incidente já está causando repercussão em alguns setores da sociedade israelense.

Em entrevista à BBC Brasil, o porta-voz da Agência Judaica, Michel Jankelowitz, classificou de "insulto" a recusa do convite.

"Lula entraria para a história como o primeiro chefe de Estado a se recusar a prestar essa homenagem a Israel", disse.

Para ele, a possível decisão comprometeria as ambições do governo brasileiro de ser um mediador justo nas negociações de paz no Oriente Médio.

Lula tenta lançar o Brasil como mediador numa eventual retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos, que está congelado desde dezembro de 2008.

A posição brasileira no diálogo com o Irã é vista por muitos setores da sociedade israelense como um obstáculo à iniciativa de Lula.

O ponto-chave da crítica ao Brasil está na aproximação entre Lula e o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que não disfarça suas posições incendiárias, como a negação do Holocausto, e já disse que Israel deveria ser riscado do mapa.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".