Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

domingo, 14 de março de 2010

Mário de Oliveira: uma chance que não podemos despediçar!

Fonte: LIBERTATUM
SÁBADO, MARÇO 13, 2010


Por Klauber Cristofen Pires

o Brasil poderá ter um pouco de oxigênio, enquanto o pensamento liberal-consevador avança naturalmente e vai conquistando paulatinamente o público.


Desde 1998, quando pela primeira vez li de Olavo de Carvalho, nas páginas da revista Época - que era quando valia a pena apreciá-la - passei a acompanhá-lo assiduamente, pari passu ao desenvolvimento do embrião de uma renovação do pensamento e da cultura em nosso país.


Às pessoas mais acometidas de um senso de pessimismo, ocorre-lhas ter tudo como perdido. Não é o meu caso. Há cerca de doze anos atrás, havia tão somente três institutos liberais no Brasil, sendo que, pouco tempo depois, fechou as portas o de Brasília. Além disso, praticamente toda a comunidade acadêmica era estatal.

As coisas mudaram um pouco. Não mudaram o suficiente para terem sido bem-sucedidas em demover maciçamente a população do malévolo pensamento esquerdista. Ainda! Porque tal tempo há de chegar. Afinal, são quase cem anos de pensamento coletivista, ricamente adubado com dinheiro público brasileiro e estrangeiro (leia-se "soviético", principalmente).

Hoje temos várias instituições que estão passando daquela fase do empirismo incipiente para já se tornarem entidades bem estruturadas, e saliente-se, sem um centavo sequer de custeio governamental. Credito toda esta transformação ao filósofo Olavo de Carvalho.

Por outro lado, a participação das universidades particulares inverteu a relação de vinte anos atrás: atualmente, cerca de 80% do ensino superior é provido pela iniciativa privada. Claro, reconheçamos, a influência marxista ainda é marcante nestas entidades, mesmo porque elas são submetidas a uma grade curricular imposta pelo governo. Além disso, muitos dos professores são egressos das universidades públicas, e eles vieram com seus vícios socialistas, mas que já não podem ser retro-alimentados como acontecia outrora. Isto porque o centro de gravidade se deslocou, indubitavelmente. Agora eles precisam ser, necessariamente, antes bons professores que bons militantes. Com o passar dos anos, as melhores instituições de ensino privadas haverão de fornecer o paradigma pelo qual todas as outras, na esteira, deverão se embasar.

Eu ouso dizer que o pensamento da esquerda vai indo, por assim dizer, no embalo. Não nego toda a hegemonia conquistada e que hoje se materializa na ocupação de praticamente todos os espaços do governo, das instituiçõs de ensino, da cultura e da mídia. Todavia, aquela militância febril de antanho parece claramente ter fenecido, para dar lugar tão somente à manutenção do poder por via da distribuição de cargos e benefícios.

Hoje, o PT não convence mais sobre a sua pretensa honestidade e eficiência quanto à gestão da coisa pública, muito menos quanto à idéia de uma alegada prosperidade socialista, e agora, seus últimos estais, aqueles que o ligavam à defesa da democracia e dos direitos humanos, estão já por se romper.

Encontrar o ponto de cruzamento entre a tomada total de poder - pela força - e o da reversão das idéias que sustenta o projeto esquedista é uma tarefa arriscada, de que não me dou o direito de especular senão por uma aposta mais ou menos ponderada. Lembro de Honduras, uma destas fichas bem colocadas que depositei há alguns meses. Depois veio o caso da Nicarágua, do Chile, dos hackers que desmascararam a farsa do aquecimento global, e do Tea Party, nos Estados Unidos. No Brasil também temos tido bons momentos, eis que ficamos com as lições do plebiscito sobre o comércio das armas de fogo e dos filmes "Tropa de Elite" e "Lula, o Filho do Brasil" (cada um com seus méritos, se o leitor bem me entende).

Neste contexto, surge uma daquelas oportunidades que, de tão raras, aguardavam como que escondidas, à maneira de uma Joana D'Arc: refiro-me à candidatura do Sr Mário Oliveira.

Caro leitor, tenha por certo que ele não preenche todas as expectativas de suas convicções pessoais, sejam elas liberais ou conservadoras. Em alguns aspectos, é reconhecível que o candidato lida com causas até mesmo esquerdistas. Não obstante, peço-lhe a atenção para os argumentos que procurarei apresentar em defesa do voto àquele homem.

Por primeiro, venho exortar os críticos da proposta da pena de morte, para perguntar-lhes: alguém já viu alguma vez, por única que fosse, o Sr Lula falar mal de bandidos? Pelo contrário, inúmeras foram as ocasiões em que ele os defendeu contra o que considera um "sistema capitalista excludente e injusto", ou não? Então, no fim das contas, não é a questão sobre a viabilidade da pena de morte que conta, mas a disposição de um governante de tratar o criminoso como tal. Isto, convenhamos, é inovador.

Sem procurar me estender demasiado sobre as suas propostas específicas, creio ser suficiente sugerir ao leitor aplicar raciocínio semelhante aos outros temas que considerar importantes, para chegarmos, então, ao que é essencial: uma ruptura com o modelo de República PT/PSDB.

Admitido que o candidato Serra seja o candidato mais viável em números atuais , não deixa de ser vergonhosa a sua amarelice, que a todos restou visível. Os brasileiros anseiam por um líder que não tema a missão avocada, e neste mero quesito, a imagem do então governador paulista já evaesceu. Somando-se a isto sua natural vocação socialista fabiana, pouco sobra para quem deseja realmente uma mudança.

Quem a pode prover, portanto, é justamente Mário Oliveira. A sua eleição terá por mérito bater o tapete empoeirado da política brasileira. E agora, o mais importante: ainda que ele não vença as eleições, uma votação massiva revelará a demanda do público por uma renovação da classe política, tanto em relação a nomes quanto a idéias.

Desta forma, o Brasil poderá ter um pouco de oxigênio, enquanto o pensamento liberal-consevador avança naturalmente e vai conquistando paulatinamente o público.

Nós podemos fazer esta diferença! Esta é uma das principais possibilidades que uma eleição em dois turnos pode nos dar. Usemos, pois, do chamado "voto útil" no segundo turno, e lá seja o que ocorrer. Porém, no primeiro turno, é necessário que todos nos unamos, com unidade e sem vacilo, em torno de Mário Oliveira. É necessário que façamos coro de forma uníssona e permanente, a despeito de quaisquer discordâncias eventuais a respeito de seu programa.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".