SEXTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2010
Por Arlindo Montenegro
Depois da história do Professor Pedro, proibido de ganhar salário praticando a profissão de toda sua vida, mas "podendo trabalhar de graça, como voluntário", retomo esta conversa com a greve de professores do estado de São Paulo, que já vai pra duas semanas. No mais rico estado da suposta "federação", as crianças estão sem aulas. A greve é por aumento salarial. E no comando estão os petistas.
Um cidadão de Juquitiba, município próximo da capital, fala do ginásio local dizendo: "No 'Juquitibão' (1.000 alunos) a educação clássica perdeu o rumo há muitos anos. Nas últimas eleições os alunos foram mobilizados para atuar como “cabos eleitorais” para eleger uma professora do PT à Prefeitura. Os bons professores afastaram-se aos poucos e a qualidade do ensino está prejudicada. Faltam professores. Utilizam "professores substitutos" que não são qualificados. Os alunos são aprovados no escuro, sem saber."
Uma Diretora de escola me diz: "a culpa é atribuída ao professor, porque os governantes não admitem as falhas nas condições de trabalho além da politicagem... na faixa de educação infantil a qualidade é melhor, há mais boa vontade dos professores. Mas com os maiores, a coisa é feia."
O real é que as crianças chegam ao ensino médio com muitas dificuldades, melhor dizendo, sem sem saber desenhar um "o" com auxílio de um copo. "Há muito professor competente que se retrai e proliferam os professores com formação de cabresto, deficiente. Assim os alunos ficam perdidos, contaminados pela ideologia imposta dentro do sistema e pela mídia, sem ajuda e sem espaço para aprender a pensar e desenvolver o senso crítico."
"Os professores percebem que as políticas oficiais parecem desvalorizá-lo, talvez para justificar os baixos salários. Nas regiões mais "populares" (o termo "carente" é proibido) as dificuldades são dobradas e muitos desistem. Isto tudo entristece e deprime quem se dedica ao magistério".
Tudo isto, colhido da realidade, resulta em analfabetismo funcional. Resulta em privar os jovens do pleno exercício das faculdades mentais. Naturalmente o espírito juvenil perde o interesse na doutrinação que desmonta a educação doméstica. As referências e a autoridade familiar passam a ser contestadas. Os grupos se formam sem a informação clássica. As tendências vocacionais são sepultadas. Instala-se a cultura videota. E a instabilidade emocional que leva às drogas e ao alcoolismo. Instála-se a percepção do mundo como um espaço onde se desenvolve uma abominável luta entre classes sociais. Um mundo à beira do abismo? Sem solução? Então vamos "viver a vida", sem compromissos.
A juventude que persegue a capacitação para um posto de trabalho, chega à escola superior sem saber ler e interpretar. Recebe a ração de informação confusa e no fim do curso é incapaz de elaborar o exigido “Trabalho de Conclusão de Curso”. Fazem uma vaquinha e compram de "professores" especializados em montar os TCC. Estão disponíveis na internet. Os trabalhos custam em média 800 Reais. É pouco para garantir o "canudo" que facilita o primeiro emprego.
Tudo isto comprova, que os insólitos propósitos da engenharia social proposta por Rockfeller, para "formar trabalhadores" e não gente capaz de pensar, estão sendo aplicadas aqui. Os professores são formados por acadêmicos que também elaboram os curriculos do Ministério da Educação para todos os níveis. Estes senhores, como nos advertem analistas de educação, ocupam as cátedras universitárias viciados na metodologia marxista, que exclui o indivíduo e escarnece o mérito.
Fazem doutorados sobre temas controlados e financiados por institutos como Tavistock, Ford, Rockfeller e outros, todos envolvidos no desenvolvimento da engenharia social para a globalização, para o governo mundial. Formam-se gerações inteiras para aceitar sem censura a nova ordem mundial: sem pátria, sem lei, sem nação e submetidos aos interesses das grandes corporações. Sem acesso à informação, sem vontade, sem escolhas.
Vale ressaltar a advertência de Olavo de Carvalho, em artigo publicado no Diário do Comercio, 15 de Março de 2010: “Ou o empresariado se dispõe a combater em todos os fronts, inclusive os mais remotos do seu interesse imediato, ou para logo com essa farsa suicida de defender no varejo aquilo que já cedeu no atacado.”
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