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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Zelaya volta a Honduras e se refugia em embaixada brasileira

Fonte: ESTADÃO
segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Segundo ministro Celso Amorim, presidente deposto chegou a representação diplomática por meios próprios

Efe, AP e Agência Estado


Esteban Felix/AP

Zelaya se reúne com assessores na embaixada

TEGUCIGALPA - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, retornou nesta segunda-feira, 21 ao país. Ele está refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, confirmaram fontes da missão brasileira à Agência Estado. Em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou que ele chegou ao local por meios próprios.

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A mulher de Zelaya disse que o marido está bem e pronto para iniciar o diálogo para resolver a crise. "Agradeço ao presidente Lula por permitir a entrada dele na embaixada", afirmou Xiomara Castro.

Da embaixada brasileira, Zelaya pediu que seus seguidores se acerquem da representação diplomática.

Na sede da representação brasileira, Zelaya disse a jornalistas que retornou a Honduras para dialogare desenhar um caminho de retorno à paz e à tranquilidade.

Mais cedo, o líder deposto havia afirmado em entrevista por telefone que voltou ao país e pediu por um "diálogo nacional e internacional". "Não posso dar mais detalhes, mas já estou aqui", disse Zelaya ao canal 36 da televisão local. Anteriormente, a chanceler do governo de Zelaya, Patricia Rodas, havia dito que ele estava na sede das Nações Unidas (ONU) na capital, embora o escritório da ONU na cidade houvesse negado a informação.

OEA convoca reunião

A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião de emergência para o final da tarde de hoje. O secretário-geral do órgão, José Miguel Inzulza, disse que o encontro visa debater a volta de Zelaya ao país. O diplomata disse ainda que o governo de facto deve garantir a integridade física do governo deposto.

"Queremos pedir calma aos envolvidos neste processo, e assinalar às autoridades do governo de facto que devem se fazer responsáveis pela segurança do presidente Zelaya e da embaixada do Brasil", afirmou Insulza em comunicado. Inzulza disse ainda que está a caminho de Honduras.

EUA pedem calma

O porta-voz do departamento de Estado dos EUA, Ian Kelly, garantiu que Zelaya está em Honduras e pediu calma a ambos os lados da disputa política. "Creio que no momento tudo que se pode dizer é reiterar nosso pedido diário para que ambas as partes desistam de ações que tenham um desenlace violento", disse. A embaixada americana no país centro-americano está buscando mais detalhes sobre o caso.

O porta-voz não falou sobre a situação legal de Zelaya em Honduras e, segundo disse, isso depende do "regime de fato em Tegucigalpa". "Certamente nós achamos que Zelaya é o líder constitucional e
democrático de Honduras", reiterou Ian Kelly.

Chávez exalta Zelaya

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, também confirmou o retorno de Zelaya. "Informo que o presidente Zelaya, viajando durante dois dias por terra, cruzando montanhas, rios, arriscando sua vida, com apenas quatro companheiros, conseguiu chegar à capital de Honduras e está em Tegucigalpa", afirmou.

"Exigimos aos golpistas que respeitam a vida do presidente, que entreguem o poder pacificamente", acrescentou o líder venezuelano, que vai entrar imediatamente em contato com outros governos da América Latina e de outras partes do mundo para ativar as iniciativas previstas para o retorno de Honduras à ordem constitucional e democrática.

Governo de facto nega

Antes da confirmação de que Zelaya estava na embaixada brasileira, o presidente de facto de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou em entrevista coletiva que sua administração dispunha de "provas de que Zelaya não está em Honduras" e que o líder "está tranquilo em uma suíte de um hotel da Nicarágua". Segundo Micheletti, um jornalista local estaria fazendo "terrorismo midiático para provocar a população". Desde então, ele não voltou a público.

Zelaya foi deposto em um golpe militar em 28 de junho. Ele tentava aprovar um referendo para alterar a Constituição do país. Os oposicionistas afirmam que Zelaya buscava na verdade realizar alterações inconstitucionais para permanecer no poder. O presidente de facto do país, Roberto Micheletti, havia dito anteriormente que Zelaya não poderia voltar ao país, ou seria processado. O governo interino não obteve reconhecimento internacional.

Atualizada às 17h23 para acréscimo de informações.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".