Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A NORIEGUIZAÇÃO DE HUGO CHÁVEZ

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Por Carlos Alberto Montaner
Tradução: A. Montenegro


“Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.”

Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva

Psiquiatra e escritora, diretora das clínicas Medicina do Comportamento, no Rio e em São Paulo, onde atende pacientes e supervisiona tratamentos.


Começou a reação do “establishment” norteamericano contra Hugo Chávez. Já era a hora. Há quase 11 anos este senhor anda fazendo estripolias na metade do planeta. O tiro de partida foi dado no dia 8 de Setembro por Robert Mortgenthau, Juiz geral de Manhattan, o mais poderoso do país. Na casa dos 90 anos, às vésperas de aposentar-se mas com a cabeça perfeitamente alerta, Mortgenthau escolheu o Brookings Institution de Washington, um influente think-tank ligado ao Partido Democrata, para fazer sua denúncia. Assim as revelações não puderam ser ignoradas pela Casa Branca, nem pelo Congresso, poderes responsáveis pela segurança nacional.

O que disse?

Falou das relações da Venezuela com o Irã e do desenvolvimento de armas nucleares entre os dois países, com o objetivo de ameaçar os EUA, como aconteceu com Cuba em 1962 durante a Crise dos Mísseis (soviéticos). Denunciou o sistema bancário venezuelano, convertido em lavanderia de narcodólares e porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington. Destacou a estreita ligação de Hugo Chávez com o Hezbolá e o Hamás, as mais temíveis organizações terroristas islâmicas e com as FARC colombianas. Em fim disse muitas coisas terríveis.

As conseqüências da manifestação de Mortgenthau foram imediatas. Os três grandes jornais diários dos EUA – New York Times, The Washington Post e o Wall Street Journal – publicaram artigos e editoriais em total sintonia com as palavras do Juiz. A televisão, os comentários dos habituais intelectuais e os blogs mais influentes fizeram eco.

Nenhum dos intelectuais em seu perfeito juízo dentro da estrutura de poder dos Estados Unidos, pode ignorar que a Venezuela associada ao Irã e aos terroristas islâmicos, com auxílio da Líbia, Síria, Sudão, as FARC colombianas, constituem um perigo muito sério para a segurança e a tranqüilidade norte americana. Chávez é um tenaz inimigo, simplesmente dedicado a prejudicar os norte americanos em todos os cenários possíveis, o que não deixa de ser irônico porque os EUA compram 80% do petróleo que a Venezuela exporta.

Como agravantes às denúncias de Mortgenthau, acrescentam-se outras três infâmias maiores contra Chavez, que montou uma intriga com o governo francês, associada a interesses econômicos, para que Sarkozy extradite para a Venezuela o terrorista Carlos, o Chacal, preso na França por inúmeros assassinatos.

Simultâneamente, tenta liberar o terrorista Ahmad Vahidi, Ministro da Defesa do Irã de uma ordem de captura que existe por suposta participação no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), uma carnificina que em Julho de 1994 resultou em 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires. Por último, a oposição venezuelana denunciou que a fábrica de bicicletas do Irã, no estado de Cojedes é, na realidade, um centro de formação de terroristas que acolhe membros das FARC colombianas para familiarizar-se com explosivos, semelhantes aos que são utilizados no Iraque e no Afeganistão.

Chávez, esta se tornando um Noriega do século XXI.

Manoel Antonio Noriega foi um narcotraficante ditador do Panamá, ex colaborador da CIA, que estabeleceu fortes laços com Cuba e com os cartéis colombianos, alugando o território do pais como pista intermediária para o tráfico de cocaína para os Estados Unidos e abrindo o sistema bancário para lavar os dólares, enquanto acossava os militares norte americanos que ocupavam bases militares situadas na zona do Canal do Panamá.

Depois de muita vacilação, a administração do presidente George Bush (pai), dividida sobre o tipo de resposta que os EUA deveriam dar, ordenou a invasão que começou no dia 19 de Dezembro de 1989 e foi concluída com êxito um dia depois. Os governos latino-americanos protestaram de modo tímido. Ninguém queria estar ao lado de um ditador narcotraficante desacreditado. A imensa maioria dos panamenhos apoiou o fato. Será que esta velha história vai repetir-se?

É difícil. Invadir a Venezuela não parece uma opção inteligente no momento em que se estuda a retirada das tropas do Iraque e, possivelmente do Afeganistão. Mas é provável que um setor importante do governo norte americano já esteja sugerindo ao presidente Obama, para tomar medidas que desalojem do poder este perigoso inimigo da democracia, antes que o tumor se torne canceroso. Certamente George Bush não gostava da idéia de invadir o Panamá. Foi uma decisão incômoda que se tornou inevitável.

Fonte: “El Diário Exterior

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".