Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Caserna do saber

Fonte: ZOEIRA

ESPECIAL (21/9/2009)



Cavaleiro do Templo: como digo quase sempre, "simples assim". Escola que dá certo é a antiga, antes da "sociedade sociopatoplástica", da sociedade criada e regida por sociopatas, para sociopatas e pelos sociopatas. Regras não matam ninguém, regras rígidas criam seres humanos dignos, que entendem que seu semelhante é seu semelhante de fato, que antes de direitos existem deveres. Mas sociopatas não querem regras, sociopatas querem "liberou geral", é esta a sua natureza. Uma sociedade monstruosa para que ele "nade de braçada". E não precisam de escolas também. Para que perder tempo com isto se nascem predadores do ser humano "normal"? Leiam abaixo.


GALERIA

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Orgulho da farda. Rafael, Roberta, Eugênio, Agda, Piero e Eline estão no último ano escolar e já começam a sentir aquele aperto no peito só de pensar na saudade que sentirão do Colégio Militar.

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Na sala, prevalecem a concentração e o respeito ao professor. Nos intervalos a descontração toma conta (Foto: Marília Camelo)

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Os alunos não perdem a chance de declarar a paixão pela escola e dizem que já começaram a sentir saudades

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Para sair os adolescentes capricham no visual! Nada de boinas ou cabelo amarrado

Adolescência e cumprimento de regras? A combinação parece não dar muito certo. Mas, nas escolas regidas pelo sistema militar de ensino, é um sucesso. As exigências dentro do colégio não incomodam e até vão deixar saudades para quem está cursando o último ano


INCORPORANDO-ME AO COLÉGIO MILITAR E PERANTE SEU NOBRE ESTANDARTE, ASSUMO O COMPROMISSO DE CUMPRIR COM HONESTIDADE MEUS DEVERES DE ESTUDANTE, DE SER BOM FILHO E LEAL COMPANHEIRO, DE RESPEITAR OS SUPERIORES, DE SER DISCIPLINADO E DE CULTIVAR AS VIRTUDES MORAIS, PARA TORNAR-ME DIGNO HERDEIRO DE SUAS GLORIOSAS TRADIÇÕES E HONRADO CIDADÃO DA MINHA PÁTRIA". SOB ESTE JURAMENTO, NOVOS ALUNOS DO COLÉGIO MILITAR INICIAM O ANO LETIVO EM MOMENTO SOLENE E ATÉ EMOCIONANTE.


EMBORA A LIBERDADE, O DESEJO POR ´TRANSGREDIR´ ALGUMAS REGRAS SEJAM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA ADOLESCÊNCIA, TEM UMA GALERA QUE VAI NA CONTRAMÃO E ASSUME A PAIXÃO POR ESTUDAR NUMA ESCOLA, MARCADA POR REGRAS RÍGIDAS, SOLENIDADES SEMANAIS E ATÉ HIERARQUIA ENTRE OS ALUNOS.


PARA CONHECER MELHOR ESSA TURMA, O ZOEIRA BATEU UM PAPO NO SALÃO NOBRE DO COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA COM SEIS ESTUDANTES QUE ESTÃO NO ÚLTIMO ANO: AGDA BONFIM, 18, QUE VAI FAZER VESTIBULAR PARA SERVIÇO SOCIAL; ELINE SAHADE, 18, PUBLICIDADE E PROPAGANDA; ROBERTA MONALIZA, 17, QUE PRETENDE SEGUIR CARREIRA MILITAR E DEPOIS FAZER MEDICINA VETERINÁRIA; PIERO OLIVEIRA, 17, QUE DESEJAVA ENTRAR PARA A AERONÁUTICA, MAS POR QUESTÕES DE SAÚDE (DIABETES), FARÁ CONCURSO PARA DIPLOMACIA; RAFAEL ROCHA, 18, QUE FARÁ CIÊNCIAS CONTÁBEIS E EUGÊNIO VASCONCELOS, 16, PARA MEDICINA (DEPOIS PRETENDE UNIR A PROFISSÃO COM A CARREIRA MILITAR).


As regras


"No início, achava até divertido. Mas, com a rotina a gente vai ser acostumando e se apaixona pelos eventos, como a comemoração de 7 de Setembro, jogos interescolares, entre outros", diz Eline.


"Num colégio civil há mais liberdade. Aqui, temos que seguir um padrão diferente. O cabelo deve estar sempre preso e arrumado, os brincos devem ser discretos, as unhas não podem ser pintadas de cor escura, a maquiagem deve ser a mais básica", conta Agda, que sentiu dificuldade para seguir estas e outras regras, quando entrou na escola, na 7ª série.


Mas, nem por isso, as meninas reclamam de seguir este padrão distante das últimas tendências da moda. "Nós aprendemos a ser disciplinados e quando vamos em outras escolas participar de eventos, vemos muitas pessoas mal educadas", comenta Roberta. "A gente passa uma imagem de aluno padrão e sentimos a diferença", completa Agda.


Eugênio comenta que seguir regras não tira pedaço de ninguém, porém as pessoas chegam a ter uma imagem deturpada.


Roberta ressalta que, apesar da rigidez, é possível manter um relacionamento de amizade com os professores, monitores, sem perder o respeito pela autoridade.


A professora Tenente Margareth Corchs comenta que o respeito que os alunos têm pelo professor em sala de aula é muito grande. "Isso é muito bom para nós como profissionais, ficamos mais motivados", afirma.


Mas, nada melhor do que um fim de semana para relaxar. "A gente brinca que é uma ´libertação´", diz Rafael, que, como os outros alunos, deve estar sempre com a barba bem feita, cabelo cortado e nada de piercings ou brincos. E, nas férias, então! "A gente relaxa completamente", completa Piero.


Punições


E claro que se as regras não são cumpridas, alguma punição está por vir. Os estudantes entram na escola com nota 8 no grau de comportamento e a partir daí, podem receber pontos positivos ou negativos, de acordo com as atitudes. "Se chegar a ter menos que três, o aluno pode ser ´convidado´ a se desligar da instituição", diz Eugênio.


Piero, por exemplo, já recebeu punições por comer em sala. "Sou muito esfomeado e ele só me deu punição porque não era a primeira vez que estava pedindo", comenta. Rafael também já recebeu advertências por conversar, brincar durante a aula e também por chegar atrasado. Mas, nada que os colocassem em perigo.


Já Eugênio nunca recebeu uma punição, além de ter as melhores notas do colégio. Por isso recebeu o título de Coronel Aluno e, nos eventos especiais da escola, sempre apresenta os alunos aos superiores. "No último 7 de Setembro, comandei o batalhão militar e no final do ano, vou assinar o livro de ouro da escola", conta orgulhoso.


Além disso, os alunos destaques podem receber outras recompensas como integrar o Pantheon de ex-alunos, a Legião de Honra, ser "aluno-destaque", receber Diploma de Assiduidade, ser promovido no grupamento/batalhão escolar e receber prêmios e medalhas.


E não para por aí. Eugênio foi um dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa 2008 na categoria de texto opinativo.


"Escrevi sobre o problema dos vendedores ambulantes na Praça da Sé quando estava no auge, ressaltando que a Prefeitura precisava oferecer uma oportunidade melhor para eles e não apenas expulsá-los".


Além dos muros


Lições de convivência e consciência de grupo são algumas das questões destacadas por essa turma quando se fala de ir além do aprendizado. "No 3º ano, onde estamos agora, não há aquele espírito de concorrência. A gente se ajuda muito e isso serve para nossa vida lá fora também", conta Rafael.


O mais interessante é que atitudes como esta vão além. "O nosso comportamento dentro e fora da escola é o mesmo", assegura Eugênio.


"A gente adquire um amor por tudo que tem aqui. Bailes, eventos internos, esportivos, viagens e acaba criando laços fortes com outros colégios militares e com os amigos daqui também", comenta Rafael, que aproveita os momentos fora da escola para poder ir ao cinema com a namorada, ir para boates, sair com amigos para barzinhos e restaurantes.


Além disso, participar de comunidades virtuais, acessar blogs, fotologs e alimentar sites de relacionamentos também estão entre as atividades dessa galera quando não estão na escola. "A gente sai muito com os amigos daqui mesmo", conta Eline.


E para sair com a turma, haja tempo para se arrumar. As meninas aproveitam para soltar os cabelos, arrasam na maquiagem, as roupas seguem as últimas tendências. Os meninos também não querem fazer feio quando trocam a farda pela roupa de civil e capricham no visual.


Fazer a diferença


Como todos os pré-vestibulandos, essa galera, no momento, só quer saber de passar no vestibular. Piero, que fará concurso para diplomacia, também sonha ser jogador de futebol e poder viajar pelo mundo defendendo o Brasil de duas formas bem peculiares.


Já Eugênio pretende fazer a diferença como médico. "Quero realmente me preocupar com meus pacientes, diferente de muitos médicos que estão por aí hoje", ressalta.


Agda quer atuar também como voluntária em projetos sociais que atendem crianças carentes.


Izakeline Ribeiro
Repórter

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".