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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Protestos elevam tensão na Bolívia

Do portal do ESTADÃO
Terça-Feira, 05 de Agosto de 2008

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Oposição pressiona Evo a poucos dias do referendo em que presidente e governadores colocarão cargos à prova

EFE, REUTERS E AFP

A menos de uma semana de um referendo revogatório no qual o presidente Evo Morales e governadores de oito dos nove departamentos (Estados) bolivianos devem colocar seu mandato à prova, a oposição começou a intensificar ontem a pressão sobre La Paz. Líderes dos departamentos opositores anunciaram à tarde a "massificação" de uma grave de fome e a organização de uma onda de protestos contra o governo enquanto mineiros bloquearam estradas em alguns pontos do país.

O partido de Evo, Movimento ao Socialismo, denunciou ontem que jovens radicais atacaram sua sede regional em Santa Cruz e roubaram material eleitoral.

O clima de crescente confrontação política obrigou Evo a suspender uma visita à cidade de Sucre, controlada pela oposição, onde ele participaria amanhã da celebração da independência da Bolívia. A mudança de planos foi anunciada depois que autoridades de Sucre decidiram excluir o presidente de vários atos oficiais. Segundo o chanceler David Choquehuanca, a viagem foi cancelada "por razões de segurança" e para evitar que a festa seja afetada por campanhas contra o referendo.

Os governadores e líderes cívicos dos departamentos de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca (onde fica Sucre), que apóiam ou participam da greve de fome, pedem que La Paz desista do corte dos repasses para os governos locais. Desde novembro, 30% dos impostos sobre os hidrocarbonetos que eram enviados aos departamentos estão sendo usados por Evo para financiar uma pensão para idosos. "Esta greve é por uma causa justa, por recursos que nos pertencem porque sem eles teremos de paralisar obras", afirmou o prefeito de Beni, Ernesto Suárez. Ele exige que o Executivo restitua à sua região US$ 166 milhões.

Outra demanda é que o presidente reconheça a autonomia de quatro regiões, aprovada pela população local em referendos que La Paz considera ilegais.

Já os mineiros exigem que o Congresso aprove uma nova lei de pensões e aposentadorias. São apoiados por professores e pela Central Operária Boliviana (COB), a maior central sindical do país, que se disse disposta a aumentar as "medidas de pressão" contra o governo.

O referendo revogatório será realizado no domingo. Para se manter no poder, Evo precisa obter mais de 53,7% dos votos - porcentagem com a qual foi eleito em 2005. Já os oito governadores precisam obter 50% mais um voto (Chuquisaca não participará do referendo porque sua governadora acabou de ser eleita, após a renúncia de um aliado de Evo, em novembro). Segundo uma pesquisa publicada pelo jornal boliviano La Razón no fim de semana, a popularidade do presidente hoje é de 59%. Ontem, porém, outro jornal de La Paz, o La Prensa, divulgou dados segundo os quais Evo teria 54% de aprovação.

DOAÇÕES

Nas últimas semanas o presidente boliviano aumentou suas visitas a diversas localidades do país, onde entrega recursos provenientes de doações venezuelanas para a execução de projetos de infra-estrutura. Em seus discursos, Evo sustenta que o que está en jogo no referendo são duas visões opostas de país: uma que apóia as privatizações e a reforma estatista impulsionada por seu governo e outra pró-privatizações.

Na prática, a consulta é um instrumento com o qual governo e oposição tentam mostrar sua força num momento de crescente polarização política da Bolívia. O governo, apoiado em departamentos do Altiplano, e a oposição, com grande força nas terras baixas da Bolívia, disputam recursos e poder de decisão.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".