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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Embaixadas de mais, prestígio de menos

Do portal do ZERO HORA
ROBSON BONIN | Brasília, 03 de agosto de 2008

A diplomacia brasileira está em xeque. Após cinco anos e meio investindo na aproximação com países emergentes e ampliando em 30% o número de embaixadas, o governo Lula abandonou os novos aliados em um momento crucial da Rodada de Doha e colheu um dos maiores fracassos de sua política externa.

Desenvolvida como tática para aumentar a projeção brasileira no Exterior, a estratégia de expansão do Ministério das Relações Exteriores criou embaixadas em 27 países desde 2003. A ocupação verde-amarela pelos continentes elevou de 94 para 121 o número dessas representações, e de 51 para 68 a rede de consulados.

Concentrados em sua maioria em países do bloco dos emergentes, os postos avançados, segundo o Itamaraty, têm a missão de consolidar o Brasil como o líder das nações em desenvolvimento e ampliar acordos comerciais com mercados alternativos. Esses objetivos fizeram com que o maior volume de ações se concentrasse na África, onde foram abertas 15 embaixadas. A Ásia recebeu quatro unidades e as outras oito foram espalhadas por América Central e Europa (ver quadro).

Na análise de especialistas e ex-diplomatas, porém, a política externa do governo foi equivocada. O Brasil teria escolhido nações sem importância no cenário internacional para se relacionar, negligenciando contatos com antigos parceiros do Mercosul, União Européia e Estados Unidos. Para o ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Barbosa, a política teria como foco os interesses políticos do país em conseguir um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU):

– Foi um gesto para angariar a boa vontade dos países africanos na ONU, que não teve resultado no aumento do comércio. Basta ver o fracasso do apoio em Doha. Os países africanos ficaram contra o Brasil, junto com a China e a Índia.

O Itamaraty rebate as críticas dizendo que o interesse nos mercados distantes, por exemplo, também estaria apoiado no crescimento da projeção internacional.

– Não é só a questão comercial. É muito importante para um país ampliar a sua visibilidade, liderança e presença física no Exterior – diz o secretário do Itamaraty, Fábio Rocha.

Para o cientista político da empresa de consultoria Arko Advice Thiago de Aragão, esses objetivos também teriam sido frustrados na rodada. Para ele, ao buscar uma atuação independente em Doha, se descolando do chamado G-20 – bloco dos 20 países em desenvolvimento –, o chanceler Celso Amorim acabou se desentendendo com as nações que julgava liderar. O cientista também avalia que o país se sairia melhor se fortalecesse a rede diplomática já consolidada.

– O país foi buscar parceiros muito longe, acabou não ganhando nada com isso e ainda perdeu espaço com os amigos vizinhos – avalia Aragão.

O episódio em que o Brasil teve de vender as refinarias da Petrobras ao governo boliviano e as recentes crises com o Paraguai seriam, segundo Aragão, dois exemplos da perda de comando na região. O especialista acredita que ao tentar liderar pequenos mercados para se fortalecer, o governo acaba enfraquecido pela falta de representatividade dessas nações, o que justificaria o fracasso em Doha.

– Que importância econômica tem o Gabão? Que força adquire o Brasil sendo parceiro de Uganda, por exemplo? – provoca.

Para o Itamaraty, no entanto, a ampliação do comércio com economias alternativas tem o objetivo de tornar o Brasil uma nação menos vulnerável. Diversificando o destino dos produtos nacionais, o governo quer diminuir a dependência de grandes mercados e sofrendo assim um menor impacto – em eventuais crises internacionais.

Para responder às críticas, o governo apresenta números que comprovariam a expansão nas exportações. Vendendo mais do que comprando, o país atingiu a média histórica de US$ 40 bilhões de superávit na balança comercial, quase o dobro em relação ao início do governo.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".