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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A morte como solução ecológica

MÍDIA SEM MÁSCARA


Graças à atuação de órgãos como a Unesco e a ONU, logo o controle populacional será consenso entre milhões de pessoas, que irão trabalhar, de forma “ecologicamente correta”, para sua própria destruição.


Em 1968, Paul R. Ehrlich deixou militantes de esquerda e direita horrorizados com o livro Population Bomb. Os de esquerda o acusavam de nazismo por querer matar metade da população pobre e os de direita por violar os direitos individuais e desvalorizar a vida humana.

Mais tarde, em 1977, Ehrlich publicou junto de outros dois autores, o livro Ecosciencie: population, ressources, environment, que trazia a mesma idéia de controle populacional mas com um maior aporte de dados científicos e apoio de cientistas engajados na causa ecológica.

A partir daí a a defesa do meio ambiente ganhou um impulso a mais e já unia-se com os militantes do controle populacional que aliciavam as Nações Unidas para incluir a meta na sua agenda de ações imediatas.

É bom lembrar que a origem do controle de natalidade é anterior e está ligada à conquista do direito ao aborto por Margareth Sanger (1879-1966) e, portanto, às idéias eugenistas e evolucionistas nas quais os nascimentos de pessoas consideradas mais aptas era preferível optando-se pelo aborto e esterilização em massa em populações pobres e consideradas geneticamente inferiores. Após a Segunda Guerra Mundial, porém, essa retórica eugenista passou a ser mal vista por motivos óbvios.

Mas no barco da ecologia, nas décadas seguintes, o controle populacional pôde finalmente voltar ao debate público, agora com a desculpa do fim dos recursos naturais, outra teoria nunca satisfatoriamente comprovada pela comunidade científica, mas que traz consigo a cativante proposta da salvação da humanidade. O fato real é que em nome dessa pretensa tese da escassez futura, muitas populações estão sendo privadas hoje desses recursos e obrigadas a integrar-se a agendas que demandam consideráveis restrições econômicas. Países da África são ameaçados de terem suas ajudas internacionais cortadas se não aderirem a programas de esterilização e descriminalização do aborto.

O livro Ecoscience: population, ressorces, enviroment, é um verdadeiro clássico do ambientalismo. Nele é sugerido explicitamente que a melhor solução para a escassez de recursos é a diminuição da taxa de crescimento da população. Como primeira e mais relevante medida, os autores sugerem a limitação da taxa de natalidade, o que deve ser implementado por meio de campanhas de planejamento familiar, legalização do aborto e estímulo de uso de contraceptivos, ou seja, uma conscientização para o voluntarismo em prol dessa causa. A segunda alternativa, caso a população não opte voluntariamente pela diminuição da taxa de natalidade, os autores explicam:

“Presumivelmente, a maioria das pessoas concorda que o único meio de atingir estes objetivos em um nível mundial é através da taxa de natalidade. A alternativa a isso é permitir o aumento da taxa de mortalidade, o que naturalmente vai acontecer caso a humanidade não optar racionalmente por reduzir a sua taxa de natalidade a tempo”1.

Sabe-se, entretanto, que programas de esterilização em massa já foram desmascarados em vários países, todos com a participação de órgãos das Nações Unidas como Unicef, Unesco, etc, cooperados com instituições locais ligadas a governos e organizações não-governamentais. Estes programas ficaram de fora dos noticiários por serem considerados “teorias da conspiração” ou teses paranóicas que careciam de evidências. De fato alguns destes casos não passaram de suspeitas devido à inacessibilidade dos dados e recursos utilizados pelas instituições em jogo. Outros casos foram amplamente divulgados e desmascarados, mas a imprensa internacional isolou-os dentro de limites das imprensas locais, não deixando que fossem conhecidos do restante do mundo.

Graças à participação de intelectuais como Ehrlich dentro das Nações Unidas, principalmente em instituições ligadas à educação e cultura como a Unesco, nossos jovens e crianças estão sendo educados com o pressuposto de que a humanidade é a causadora dos grandes males terrestres. O controle populacional passa a ser, logo logo, o consenso entre a população que irá trabalhar para a sua própria auto-destruição.


(1) Ecoscience: Population, Resources, Environment. Contributors: Paul R. Ehrlich - author, Anne H. Ehrlich - author, John P. Holdren - author. Publisher: W. H. Freeman. Place of Publication: San Francisco. Publication Year: 1977. Page Number: 737

Cristian Derosa é jornalista.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".