Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mubarak: por que essa alegria?

IPCO
14, fevereiro, 2011


É preciso mais profundidade na análise do caso "Mubarak". A "democracia" de hoje não será um mero trampolim para o estabelecimento de uma ditadura mil vezes pior? É o caso de se pensar.
Abel Campos
A mídia noticiou : “Manifestação em São Paulo comemora a queda de Mubarak”.
Diz a notícia do Diário Catarinense (11/02) que havia “estudantes”, “representantes de partidos políticos” (de que partidos?) e “membros da comunidade árabe”.
Em que número? Cem? Já seria muito pouco. Mas na foto publicada não aparecem mais que trinta pessoas. Certamente quase todas elas componentes do comitê central da tal “Liga Estratégica Revolucionária”…
Há gente nessa foto com jeito de que nunca ouviu falar de Mubarak na vida. E só tomou conhecimento dele há pouco menos de um mês. E que também nem sabia que no Egito havia um ditador.
Por detrás dessa folia toda, o que vemos é uma superficialidade de análise.
À primeira vista, seria bom que um ditador fosse derrubado. Mas no caso dos acontecimentos dos países da costa africana do Mediterrâneo, isso causa preocupação. O problema não é a derrubada da ditadura de ontem. O problema é saber se, em países onde há fortes movimentos muçulmanos, a “democracia” de hoje não será um mero trampolim para o estabelecimento de uma ditadura mil vezes pior de amanhã, de fundo religioso e que sonha com a “jihad” e com o império mundial do muçulmanismo radical.
O jornal madrilenho “El País” publicou, em sua edição de 4-2 último, um mapa que nos ajuda a compreender a geopolítica que está em jogo. Por esse mapa vemos como toda uma zona estratégica do Mediterrâneo pode favorecer o tal domínio mundial dos correligionários de Maomé.
Eis o mapa:
Com a instauração de uma “democracia” na costa sul do Mediterrâneo, quem vai ganhar não é a “democracia”.
Serão talvez “democracias” de moloides (ou de cúmplices que se fingem de moloides), que servirão certamente de fase de transição para a tomada do poder dos fundamentalistas muçulmanos, tal como no governo Kerensky, na Rússia de 1917, em relação ao comunismo.
Infelizmente há muita gente desavisada no Ocidente que está aplaudindo essa “democratização”.
Veremos a repetição do que aconteceu em Cuba na época da derrubada de Batista por Fidel Castro? Todo o mundo aplaudiu o barbudo não muito limpo que havia descido da Sierra Maestra. Até a bebida Cuba-Libre (rum com Coca-Cola) virou moda.
Se no litoral Sul do Mediterrâneo prevalecer governos fundamentalistas, a Europa que coloque as barbas de molho…
Só a Europa? Não, o mundo todo, pois talvez vejamos uma invasão agressiva do continente sonhada pelos muçulmanos radicais, se a centelha de uma “guerra santa” pegar fogo no norte da África.
E lembremo-nos de que o gargalo do Estreito de Suez está no Egito… Todos os países do mundo sofrerão as consequências.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".