17, fevereiro, 2011
Luis Dufaur
49% dos alemães não desejam mais o euro e querem de volta o marco, revelou pesquisa encomendada pelo jornal “Bild”, noticiou o “Daily Express” de Londres.
A insatisfação foi constatada após intensa campanha do governo alemão em 2010 procurando convencer a opinião pública alemã de que o euro é bom para ela.
A taxa de rejeição é uma das mais altas desde a criação da moeda comum e foi reforçada pelas crises na Grecia e na Irlanda. Estas geraram a percepção, alias bem fundada, de que a Alemanha não pode manter economias incapazes de viver no regime de moeda única.
Só 41% dos alemães estão satisfeitos com a moeda pan-européia. A pesquisa acrescentou que se os alemães fossem consultados hoje para ingressar na eurozona 60% votaria contra e 30% a favor.
Em Londres, o Center for Economics and Business Research ‒ CEBR, think tank líder em estudos ecconómicos estimou que o euro tem uma chance entre cinco de sobreviver nos próximos 10 anos, noticiou a agência Reuters.
Para o CEBR, se a Espanha e a Itália, como se teme, não conseguirem refinanciar suas colossais dívidas soberanas, estourará uma crise que nem os mais hábeis políticos da União Européia poderão contornar e o euro irá à falência.
Na mensagem de Ano Novo, a chanceler alemã Angela Merkel insistiu que seu governo segurará o euro.
Porém, Douglas McWilliams, chefe executivo do CEBR argüiu com os crescentes desequilíbrios das economias nacionais na eurozona e concluiu: “suspeito que o que vai quebrar o euro será o fracasso da maioria dos países em tomar os remédios necessários para tornar competitivas suas economias em longo prazo. Só damos uma chance entre cinco de que o euro sobreviva nos próximos 10 anos”.
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