Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ano Novo, Vida Nova

BLOG DO JHEITOR
SEGUNDA-FEIRA, 14 DE FEVEREIRO DE 2011

Estou de volta.

Desde o dia 2 de dezembro, quando da entrevista com o pianista e arranjador Mário Feres, resolvi tirar umas férias, durante as quais repensei mil e uma coisas, revi posições que venho tomando há tempos e resolvi que não tratarei mais de política e ideologia aqui no blog, pois já há muita gente tratando disso, mais e melhor que eu, e por isso não desejo ser apenas mais um a opinar sobre o mesmo assunto. Há gente muito mais gabaritada que eu.

Sou um contador de histórias. Não sou filósofo, jornalista político ou analista da política local ou internacional.

Obviamente que contando histórias devo ter algumas noções desses assuntos, bem como de história geral, atual ou antiga, mas comentarei apenas entre parentes e amigos, nos meus bate-papos do dia a dia, portanto não falarei mais de presidentes, deputados, congresso, corrupção, Adam Smith, Ludwig Von Mises, Antônio Gramsci ou Karl Marx. Deixo isso para os que entendem muito mais que eu.

Falarei de gente como eu e você. Gente que trabalha, anda pelas ruas, ri, chora, se diverte, reclama, elogia, torce por um time, se diverte, está próxima, acessível. Está ali na esquina, no barzinho, no escritório, na roça, que é minha origem. Gente que anda de carro, de ônibus, de moto, de charrete ou a cavalo.

Falarei de gente e não de políticos, porque o político não é gente. É uma outra espécie no mundo animal que, apesar de bípede, se parece muito com a hiena, um animal que raramente caça porque se aproveita de restos de outros animais caçadores, muitas vezes carniça, que rouba sorrateiramente os mais distraídos se ri de suas próprias façanhas.

Tratarei aqui de divulgar meus livros, comentar e divulgar alguns de outros autores, conhecidos ou não, falar de educação, dividir com os leitores minhas caipirices, sérias ou não, fazer algumas entrevistas com pessoas como Mário Feres, dizer de minha cidade, do meu povo, de seus costumes, da região onde vivo e até fazer um pouco de história.

Logicamente não escreverei a história de Napoleão, da II Guerra Mundial, da sucessão do trono da Inglaterra e outros assuntos assim ou mesmo relacionados a eles. Mil historiadores, cineastas, já esgotaram tais temas. Tratarei, por exemplo, de saber quem foi o homem cujo nome está na rua em que moro, ou quem foi o fundador de alguma cidadezinha da região. E me contentarei com isso.

O motivo? Cansei!

Não resolverei os inúmeros problemas do país. Não darei novos rumos nem mesmo ao meu bairro ou minha rua. Não elegerei ninguém nessas eleições obrigatórias com apenas um voto; não terei um microfone e uma multidão para me ouvir pichar essa quadrilha governante. Não cooptarei fanáticos e outros idiotas que acreditam piamente nas mais deslavadas mentiras que a mídia veicula nos jornais, revistas, televisão, nacionais ou não.

Como falar de coisas sérias e construtivas para quem assiste o BBB? E saibam que há milhares de professores (veja bem: professores) que fazem isso religiosamente e comentam e discutem essa m... em suas rodinhas de bate-papo, e não raro com seus alunos na classe numa hora em que deveriam estar ensinando, uma vez que são pagos para fazerem isso.

Falar sobre uma educação decente com tais professores é tentar secar os oceanos com um garfo.

Pois bem; e eu sou uma pessoa normalmente bem humorada, querida de todos os que me conhecem, e não pretendo mais desgastar esse meu bom humor natural criticando ou mesmo opinando sobre misérias, maus-caracteres e mesquinhezas várias, abundantemente disseminadas por toda parte. Cansei!

Não mudei nem mudarei minhas opiniões, porém me resumo, de agora em diante, em contar minhas histórias e piadas, em tratar de amenidades e coisas interessantes ao cotidiano das pessoas comuns, publicar aqui no blog coisas do interesse dos que me pedem e assim conservarei minha cabeça leve, meu humor descontraído, e me sobrará inspiração para o que mais gosto de fazer que é simplesmente contar histórias.

Quanto à política e os políticos, do vereador ao presidente da república, reservei a eles um lugar muito especial: a lata de lixo!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".