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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Serra sempre foi contra o aborto. Dilma descobriu só em julho que já não era a favor

AUGUSTO NUNES
05/10/2010 às 22:45 \ O País quer Saber

"NÃO MATARÁS"




No vídeo divulgado em 18 de setembro, José Serra informa que não mudou de ideia sobre a questão do aborto. Na campanha presidencial de 2002, por exemplo, o candidato do PSDB avisou que não pretendia modificar a legislação em vigor. “Não sou a favor da legalização do aborto”, reiterou. “Se você liberar isso, a margem para o abuso vai ser uma coisa descomunal”.
Passados oito anos, não viu motivos para mudar de opinião. “Eu não mexeria na atual legislação, que permite aborto no caso de estupro e risco de vida da mãe”, declarou em 21 de junho. “Considero o aborto uma coisa terrível. Num país como o nosso, seria liberada uma verdadeira carnificina”.
Dilma Rousseff sempre divergiu de Serra. “Acho que tem de haver descriminalização do aborto”, disse em 2007. “No Brasil, é um absurdo que não haja”. Dois anos depois, o discurso continuava intacto: “Abortar não é fácil para mulher alguma”, ressalvou em 2009. “Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa par que não haja a legalização”.
A abertura oficial da temporada de caça ao voto desencadeou a metamorfose surpreendente. “Tanto eu quanto o presidente Lula não defendemos o aborto”, desmentiu-se em 22 de julho deste ano. “Defendemos o cumprimento estrito da lei”.
Nesta terça-feira, a conversão se consumou: “Eu não tenho o menor problema de tocar nas questões religiosas”, acaba de descobrir. “Minhas propostas têm tudo a ver com todas as religiões do Brasil. Eu sou de uma família católica. Eu sempre fui a favor da vida. Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões”.
Se souberem avaliar as dimensões do milagre, todos os chefes religiosos do mundo começarão a rezar para que o País do Carnaval realize uma eleição por semana. Em dois meses, não restaria um único ateu em território brasileiro.

2 comentários:

Nana Odara disse...

Gostaria de saber sua opinião a respeito do aborto praticado por Mônica Serra e seu marido?

Obrigada pela atenção.

Cavaleiro do Templo disse...

A minha opinião? Prefiro um FATO: DILMA, A ABORTISTA, se ganhar a eleição vai liberar o aborto por qualquer motivo, basta que se queira.

Ela, que delira com o posto de presidente, teria o poder de fazer isto.

Mônica é candidata? Acho que não...

CT

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".