| 04 OUTUBRO 2010
NOTÍCIAS FALTANTES - FORO DE SÃO PAULO
Quem é capaz de admitir descaradamente que usurpou a maioria dos assentos com a minoria dos votos, também é capaz de modificar as cifras totais.
A respeito das eleições passadas - Venezuela - em 26-S (26 de setembro), os meios de comunicação nacionais e internacionais resenham uma grave distorção da vontade popular, devido a que o oficialismo obteve 48% dos votos e, entretanto, alcançou duas terças partes dos assentos parlamentares.
Queria chamar a atenção sobre outro aspecto da fraude, que até agora não se ventilou. Refiro-me ao número total dos votos.
É inexplicável que um governo tão mau como este, tão amplamente repudiado pela imensa maioria dos venezuelanos, tenha obtido quase a metade do voto popular. Esse resultado só é possível mediante uma maciça tergiversação do sistema eleitoral.
Isto não deve nos surpreender, porque quem é capaz de admitir descaradamente que usurpou a maioria dos assentos com a minoria dos votos, também é capaz de modificar as cifras totais.
Devemos aprender a lição do referendum constitucional de 2008. Chávez perdeu com aparente pouca margem, porém depois conseguiu seus fins por meio da emenda. Se se tivessem divulgado os resultados reais daquele referendum (o CNE ainda não o fez), os quais eram muito mais desfavoráveis ao governo, a estratégia da emenda não teria funcionado.
O MUD (Mesa de Unidade Democrática) aceita sem questionar os números proporcionados pelo CNE na madrugada de 27 de setembro (52%-48%), e assegura que, dada essa diferença, Chávez será derrotado em 2012. Porém, com uma margem tão pequena, o governo pode repetir o esquema da emenda. Daí a urgência de conhecer os verdadeiros resultados das eleições passadas.
Nesse sentido, proponho que se estudem a fundo as denúncias de ESDATA (www.esdata.info) sobre as irregularidades do sistema eleitotal venezuelano, particularmente no que se refere aos vícios do Registro Eleitoral Permanente (REP), o qual está repleto de eleitores inexistentes.
Isto não deve nos surpreender, porque quem é capaz de admitir descaradamente que usurpou a maioria dos assentos com a minoria dos votos, também é capaz de modificar as cifras totais.
Devemos aprender a lição do referendum constitucional de 2008. Chávez perdeu com aparente pouca margem, porém depois conseguiu seus fins por meio da emenda. Se se tivessem divulgado os resultados reais daquele referendum (o CNE ainda não o fez), os quais eram muito mais desfavoráveis ao governo, a estratégia da emenda não teria funcionado.
O MUD (Mesa de Unidade Democrática) aceita sem questionar os números proporcionados pelo CNE na madrugada de 27 de setembro (52%-48%), e assegura que, dada essa diferença, Chávez será derrotado em 2012. Porém, com uma margem tão pequena, o governo pode repetir o esquema da emenda. Daí a urgência de conhecer os verdadeiros resultados das eleições passadas.
Nesse sentido, proponho que se estudem a fundo as denúncias de ESDATA (www.esdata.info) sobre as irregularidades do sistema eleitotal venezuelano, particularmente no que se refere aos vícios do Registro Eleitoral Permanente (REP), o qual está repleto de eleitores inexistentes.
Tradução: Graça Salgueiro
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