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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Suécia: as recentes eleições confirmam a crise da social-democracia européia

INSTITUTO PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA
2, outubro, 2010


Heitor Abdalla Buchaul
O governo de centro-direita venceu as eleições legislativas suecas em 19 de setembro, mas não obteve a maioria absoluta no Parlamento, onde o partido de extrema-direita, os Democratas Suecos (SD), ocupará uma posição-chave.
A esquerda, liderada pelos Trabalhistas, saiu derrotada com menos de 44 por cento dos votos — um dos piores resultados do pós-guerra.
Realizando uma campanha que prometia leis de imigração mais rígida, num país onde os imigrantes já representam 14 % da população, os Democratas conquistaram 20 das 349 vagas no Parlamento do país.
A Suécia tem sido um dos países da União Européia que mais recebeu imigrantes em busca de asilo ou refugiados nos últimos anos, sendo um dos principais destinos de iraquianos desde o começo da ação militar liderada pelos Estados Unidos.
Os Democratas Suecos, conhecidos por sua linguagem “não politicamente correta”, conquistaram prestígio ao afirmar o que pensam muitos europeus a respeito da imigração, dos muçulmanos e do seu futuro.
Jimmie Âkesson e Björn Södero que pensam muitos europeus a respeito da imigração, dos muçulmanos e do seu futuro.
Um exemplo são as seguintes declarações de Björn Söder (na foto à direita), secretário e segundo homem do partido, atrás apenas do jovem líder Jimmie Âkesson (na foto à esquerda).
De acordo com Söder, todos os muçulmanos são “portadores de uma ideologia.Uma ideologia política disfarçada de religião. E eu acho que é um assunto muito apropriado para discutir, pois, caso contrário, estaremos enfrentando o mesmo problema que o Irã sofreu em 1979. Pode acontecer muito rápido“.
Essa declaração foi feita após o secretário internacional do partido Kent Ekerot fazer uma analogia entre a crescente influência islâmica na atualidade e o que chamou de 1400 anos de agressão muçulmana.
Söder explicou seu argumento ressaltando que os socialistas se aliaram com os islamitas para derrubar o Xá no Irã, “mas quando os islamitas chegaram ao poder, exterminaram os socialistas; também estou dizendo que se não tomarmos a sério a islamização que está ocorrendo atualmente na Europa ocidental, talvez a história se repita.
Sim, a Suécia está sendo islamizada. Analisamos inúmeros exemplos de como a Suécia está se adaptando às demandas muçulmanas e observamos as mesquitas surgirem como cogumelos do solo, na Suécia e em toda a Europa.
Não é o caso de que todos necessariamente nos tornemos muçulmanos, mas de termos que obedecer à charia”, denunciou Söder, acrescentando: “Através da imigração muçulmana e de sua rápida propagação, bem como pela entrada da Turquia na União Européia, a Europa pode ser dominada por muçulmanos”.
Não é o caso de analisar os partidos e a verdadeira ideologia dos mesmos, mas sim o que passa pela cabeça dos eleitores, através do resultado das urnas. Segundo a tese da democracia, é a opinião pública que deve decidir os destinos do país. Portanto, as eleições suecas devem ser motivo de reflexão.
Mesmo na Europa, já tão descristianizada, as pessoas vêem o perigo ameaçador do islamismo, bem como da crescente intromissão da União Européia em todas as leis internas do país em questões de caráter social e moral — a meta de uma Republica Universal.
Tudo isso causa uma reação: “Precisamos nos proteger, algo está errado, onde acharemos quem nos represente?”. Por isso uma linguagem em tom forte, expondo problemas que ainda se conservam no fundo de muitas consciências tende a ganhar força e o esquerdismo afunda cada vez mais na própria desordem que criou.
Na aparente apatia das massas ressurge um sentimento de identidade, um instinto de conservação que aflora e impõe limites ao multissecular processo revolucionário que vem desagregando o Ocidente.
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(*) Heitor Abdalla Buchaul é colaborar da ABIM

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".