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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ex-petista declara apoio a Serra e diz que PT relativizar aborto é 'maluquice'

FOLHA DE SÃO PAULO
06/10/2010 - 09h14

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA

- O sr. acha que ela (DILMA, A ABORTISTA) é a favor do aborto?
- A vida dela toda, tem declarações dela no passado. A visão de mundo dela é essa.

Cavaleiro: tem também este vídeo que postei esta semana:



Suspenso do PT, em 2009, por militar radicalmente contra o aborto e ir de encontro a uma resolução do congresso nacional do partido de 2007, o deputado federal Luiz Bassuma (agora no PV) diz que foi punido pela "unanimidade" do partido, e que a intenção de relativizar a posição do PT com relação ao tema, hoje, é "maluquice". Junto com Bassuma, foi punido pela mesma defesa "pró-vida" o deputado Henrique Afonso (PV).

Bassuma afirma que a candidata Dilma Rousseff (PT) demonstra uma "mudança eleitoreira" e diz apoiar o candidato José Serra (PSDB) no segundo turno.
FOLHA - Por que o sr. saiu do PT?
LUIZ BASSUMA - Só em 2007, o PT fecha questão a favor da descriminalização do aborto. Eu já tinha militância nessa questão há muito anos, é uma questão filosófica e religiosa na minha vida. E eu me neguei a cumprir essa resolução. O estatuto do PT diz: por questões filosóficas, religiosas, éticas e de foro íntimo, nenhum filiado poderá ser punido. O PT quis me enquadrar. O último governo quis legalizar o aborto duas vezes e não conseguiu, nós conseguimos impedir.

O sr. diz o governo Lula?
O Lula. Aí, em 2009, o PT resolve me punir com um ano de suspensão.

Isso porque o sr. era contra o aborto?
Se eu ficasse caladinho, poderia ter ficado no PT até hoje. Eles não queriam que eu liderasse o movimento. Era porque eu defendia a vida, era contra o aborto.

O PT demonstra estar revendo essa defesa. Como o sr. vê isso?
Eles me puniram por unanimidade, o diretório nacional todo, incluindo o José Eduardo [Cardozo, coordenador da campanha de Dilma], o atual presidente do PT [José Eduardo Dutra]. E Dilma era chefe da Casa Civil. Você acha que é brincadeira? O governo tinha interesse em aprovar isso [o aborto], tentou. Relativizar agora é uma maluquice.

E o sr. pensa em voltar ao PT?
Nunca, estou declarando apoio público ao Serra. O ideal seria a Marina [Silva, PV]. Não foi possível o melhor, tem que evitar o pior. E o pior para o Brasil é Dilma, por razões políticas e, no meu caso pessoal, por essa razão em defesa da vida.

O sr. acha que ela é a favor do aborto?
A vida dela toda, tem declarações dela no passado. A visão de mundo dela é essa. Se ela quiser mudar agora, vai ser uma mudança eleitoreira, para ganhar a eleição.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".