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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Petista infiltrado em comissão da CNBB dá declaração a favor de Dilma e contra Serra como se falasse em nome de católicos

REINALDO AZEVEDO
07/10/2010 às 6:17

Vamos botar as coisas nos seus devidos lugares? Vamos!

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, órgão da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), divulgou uma nota ontem à noite condenando o que chamou de “uso eleitoral da fé cristã”. Sei, sei… Transcrevo alguns trechos. Não percam o que vem depois:

O MOMENTO POLÍTICO E A RELIGIÃO


“A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) está preocupada com o momento político na sua relação com a religião. Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente. Desconsideram a manifestação da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 16 de setembro, “Na proximidade das eleições”, quando reiterou a posição da 48ª Assembléia Geral da entidade, realizada neste ano em Brasília.
(…)
Continua sendo instrumentalizada eleitoralmente a nota da presidência do Regional Sul 1 da CNBB, fato que consideramos lamentável, porque tem levado muitos católicos a se afastarem de nossas comunidades e paróquias.
(…)
Os eleitores têm o direito de optar pela candidatura à Presidência da República que sua consciência lhe indicar, como livre escolha, tendo como referencial valores éticos e os princípios da Doutrina Social da Igreja, como promoção e defesa da dignidade da pessoa humana, com a inclusão social de todos os cidadãos e cidadãs, principalmente dos empobrecidos.
(…)
Compartilhamos a alegria da luz, em meio a sombras, com os frutos da Lei da Ficha Limpa como aprimoramento da democracia. Esta Lei de Iniciativa Popular uniu a sociedade e sintonizou toda a igreja com os reclamos de uma política a serviço do bem comum e o zelo pela justiça e paz.

Voltei
Em primeiro lugar, a Justiça e Paz, como órgão da CNBB, fala, no máximo, em nome da CNBB, não de todos os cristãos. Mas, até aí, tudo bem. O que os blogs explícitos do PT e outros nem tão explícitos reproduziram não foi tanto o conteúdo da nota, mas este trecho de uma reportagem de João Domingos, da Agência Estado:

“Para o secretário-executivo da Comissão Justiça e Paz, Daniel Veitel, Dilma foi a única candidata que se declarou claramente a favor da vida. ‘O José Serra (presidenciável do PSDB) não tem uma posição clara’, criticou. Veitel lembrou que a CNBB não impôs veto a ninguém nas eleições. Afirmou ainda que alguns grupos continuam induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem nisso.”

Não existe nenhum “Veitel” na Comissão. O repórter errou o nome do secretário-exectuvo. Trata-se de Daniel Seidel — na verdade, Carlos Daniel Dell Santo Seidel. Taí! Eis um homem que sabe tudo sobre uso político da religião.


Daniel Seidel: contador, especialisa em psicodrama, 
e petista, ele usa camisa amarela com 
gravata multicolorida e coruscante


O bom de a gente ter um blog com milhares de leitores — os blogueiros de aluguel não sabem o que é isso — é que tem, também, milhares de repórteres. Igor Veltman me manda este link, do site Às Claras, que traz a prestação de contas de Seidel. Prestação de contas?


É! O valente foi candidato a deputado federal pelo Distrito Federal em 2002. Pelo PT, é claro! Por isso ele diz que Dilma é a “única candidata que se declarou claramente a favor da vida” e que “José Serra não tem posição clara”. Como bom petista, mas péssimo cristão, ele vê a verdade pelo avesso.

Pergunta Igor: “Que credibilidade tem um candidato, um político do PT, para dar declarações como essa, que circulam como se fossem a palavra da CNBB?” A resposta está na pergunta, meu caro! Nenhuma! A história é sempre a mesma. Estão em todos os lugares. São uma legião!

Em homenagem a Seidel, o vídeo em que Dilma “se declarou claramente a favor da vida”. Volto para encerrar.



Que coisa, hein!? Segunda desmascarada em sete horas! Primeiro foi a “mulher (!!!) da TFP” no encontro das oposições, como se isso existisse. Agora, o candidato frustrado do PT se fazendo de cristão indignado. Espero que a direção da CNBB puxe a orelha do rapaz e lhe aplique ao menos a penitência do silêncio obsequioso, depois do pedido de desculpas, é claro!

Por Reinaldo Azevedo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".