Sopram ventos de guerra com a legitimação das FARC na Venezuela
Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
Interessa aos três mandatários que os computadores de Raúl Reyes percam a validade jurídica, para não responder ante a Corte Penal Internacional por apoiar um grupo terrorista. Por isso Chávez “quer a paz” na Colômbia, Lula minimiza a agressão e Correa é hipócrita com Santos.
Nem as FARC nem o Foro de São Paulo mudaram o objetivo de meter a Colômbia dentro do Socialismo do Século XXI. Continuam imersos em tirar das FARC o rótulo de terroristas, conceder-lhes embaixadas e apoiar uma guerra sem quartel para tirar a “oligarquia colombiana” do poder. O afrontoso discurso do vice-presidente venezuelano, que convida os soldados a disparar contra os donos do capital na Colômbia, somado à posição de Chávez de não considerar as FARC e o ELN como terroristas, a dupla moral de Lula e as patifarias de Correa, indicam que corre um rio de conspirações contra a Colômbia, enquanto muitos estúpidos acreditam que o problema é Uribe.
Por meio de Chávez, a ditadura cubana dirige um projeto totalitário contra a Colômbia e o hemisfério. Seja quem seja o governante colombiano, nenhum dos mandatários comunistas inscritos no Foro de São Paulo deixará de apoiar às FARC.
Tudo isto coincide com a mendaz vontade de paz de Cano publicada em “Al Jazzera”, o qual corrobora os nexos das FARC com a Al-Qaeda. Outra vez, as FARC jogaram outra carta publicitária internacional a par com o descarado respaldo de Lula e Chávez a seus planos.
O presidente Santos deve abrir os olhos e entender que com bandidos mentirosos (inclusive os pouco críveis mandatários vizinhos) não há outra paz possível que a rendição das quadrilhas terroristas, o desmascaramento dos membros do partido comunista clandestino (PC3) das FARC (que em casos pontuais não são tão clandestinos), a entrega à Corte Penal Internacional de todas as provas documentais contra Lula, Chávez, Ortega, Evo, Fidel Castro e demais bandidos de colarinho branco com investidura presidencial, e a ativação imediata dos processos da FARC-Política. Os Estados Unidos também devem abrir os olhos.
É hora de deixar de acreditar nos contos chineses dos “democratas colombianos” que diariamente fazem lobby para denunciar assassinatos de sindicalistas, quando todo mundo sabe que alguns são membros ativos das FARC, e que o governo norte-americano atue em conseqüência frente a esta agressão contra a democracia no continente.
É importante que os analistas gringos entendam que se o projeto comunista de Chávez e seus sequazes é sério, com altas possibilidades de uma guerra frontal contra a Colômbia, em igual proporção a aliança de Chávez com a Rússia, Coréia, China e Irã não desconsidera a possibilidade de uma conflagração maior de conseqüências imprevisíveis, pois enquanto os pacifistas se envolvem no manto da estupidez funcional, os totalitaristas sonham com a guerra final que destrua o odiado império capitalista. Nem mais, nem menos.
São as conotações geoestratégicas da segurança hemisférica, algo sobre o que, pela miopia estratégica de Obama e seus assessores, pode redundar em uma guerra de grande escala, pois embora custe a muitos aceitá-la, por conveniência ou não, sopram ventos de guerra.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
Tradução: Graça Salgueiro
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