Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guerra assimétrica: a um lado, todos os direitos. Ao outro, todas as cobranças. Ou A Locura do Mundo de "ôgi".

MÍDIA A MAIS

por Melanie Phillips em 22 de junho de 2010


Voltem para Auschwitz...
No Jerusalem Post,  William Shawcross escreveu uma matéria intensa sobre “o ódio obsceno e irracional” a Israel que agora corre, de forma assustadora, tanto o mundo islâmico quanto o Ocidente. “Calem a boca. Voltem para Auschwitz” foi a resposta da flotilha aos israelenses quando estes a alertaram para não entrar na área sob bloqueio naval.
Shawcross escreve:
Não causa surpresa que tal ódio racista crie uma mentalidade de sítio em Israel. Pior é o fato de que os israelenses sabem que não são apenas os “estandartes e bandeiras negras islâmicas” com os quais eles têm de se defrontar, mas também com o ódio de boa parte do resto do mundo.
As realidades de Gaza, Israel e da Margem Ocidental — onde, com a assistência de Israel, a economia palestina está prosperando — são consideradas irrelevantes para a narrativa convencional. Israel é o vilão do desenho animado, além da compreensão ou simpatia, além até mesmo da redenção.
O que é profundamente chocante — e assustador — é que a narrativa que o mundo aceita é sempre aquela em que Israel é o malfeitor... O ódio que Israel suscita é absurdo, até mesmo obsceno... O mundo islâmico e a esquerda ocidental formam uma aliança profana; eles não querem consertar o estado judeu, querem removê-lo.
Há, porém, umas poucas pessoas corajosas na esquerda levantando a voz em favor da decência e da sanidade. Na Espanha, onde a intolerância contra Israel é incandescente, a política e jornalista Pilar Rahola fez, no final de 2009, um discurso apaixonado apoiando Israel contra essa loucura, denunciando seus camaradas na esquerda por sua participação na promoção desse ódio:
Por que é que não vemos manifestações contra ditaduras islâmicas em Londres, Paris ou Barcelona? Ou demonstrações contra a ditadura em Mianmar (Burma)? Por que não há demonstrações contra a escravização de milhões de mulheres que vivem sem nenhuma proteção legal? Por que não há demonstrações contra o uso de crianças como bombas humanas onde há conflito com o Islã? Por que nenhuma liderança se colocou a favor das vítimas da ditadura islâmica no Sudão? Por que nunca há nenhuma manifestação de ultraje pelos atos de terrorismo praticados contra Israel? Por que não há nenhum clamor da esquerda européia contra o fanatismo islâmico? Por que a esquerda não defende a existência de Israel? Por que confundir o apoio à causa palestina com a defesa do terrorismo palestino? Por que a esquerda européia e ao redor do mundo está obcecada com as duas mais sólidas democracias, Estados Unidos e Israel, e não com as piores ditaduras no planeta?
A imprensa internacional causa um dano enorme quando reporta sobre a questão israelense-palestina. Sobre este tópico, a imprensa não informa: faz propaganda. Quando reportando sobre Isael, a maioria dos jornalistas esquece o código de ética de um repórter. São tantas as coisas estúpidas já escritas sobre Israel que praticamente não sobraram mais quaisquer acusações a fazer. Ao mesmo tempo, a imprensa nunca discute a interferência da Síria e do Irã na propagação da violência contra Israel; não discute a doutrinação de crianças e a corrupção dos palestinos. E quando a imprensa fala de vítimas, toda baixa palestina é retratada como uma tragédia, enquanto toda vítima israelense é camuflada, escondida ou relatada com desdém.
Este é o ponto chave. O tratamento dispensado a Israel é qualitativa e quantitativamente diferente do tratamento jamais dado a qualquer outra nação, em qualquer época. Não é apenas o fato de que a tiranias do presente não sejam nem sequer mencionadas, e muito menos vistas como legítimos alvos de protestos. Até mesmo as grandes causas progressistas do passado, tal como a campanha contra o apartheid da África do Sul, por exemplo, nunca provocaram tal obsessão histérica e muito menos tão grande, frenético e contínuo ataque de mentiras, seguidas de distorção, falsificação e calúnias sanguinárias. Tal como o ódio aos judeus no passado, as características dessa vitimização são únicas; tal como no passado, o povo judeu é tratado como se fosse um tipo de mal cósmico; tal como no passado, tal ódio simplesmente desafia qualquer explicação racional. Mas está acontecendo neste momento, bem diante de nossos olhos descrentes; trata-se, muito simplesmente, de uma loucura do mundo.
Tradução: Henrique Dmyterko
Publicado originalmente na Spectator.co.uk/melaniephillips em 08/06/2010

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".