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quarta-feira, 23 de junho de 2010

As três faces de um canalha

BRASIL ACIMA DE TUDO

22 de junho de 2010



Por Paulo Carvalho Espíndola (*)


A primeira delas é o seu nome de batismo, José Dirceu de Oliveira e Silva, nome pomposo que bem poderia nomear um herói. Muito menos que isso, nomeia um nefando terrorista e um dos maiores criminosos da História recente do Brasil.

A segunda é a do "companheiro" Daniel, desde cedo traidor da pátria e fiel seguidor do facínora Carlos Marighela, aquele mesmo que Lula, muito recentemente, rotulou de herói. Daniel logo descambou para a subversão, até ser preso em um congresso estudantil ilegal. Recuperou a liberdade ao ser banido do território nacional na troca por um embaixador norte-americano, seqüestrado por terroristas. O terror era a sua causa e o crime a sua vocação. Por eles fez cursos de guerrilha em Cuba, onde estabeleceu fortes laços de cumplicidade com o assassino Fidel Castro e formou nova quadrilha de malfeitores políticos, o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO), de curta duração e de triste destino.

A terceira é de Carlos Henrique Gouveia de Melo - o mesmo "companheiro" Daniel - na sua volta clandestina ao Brasil. Sob essa face, estabeleceu-se em Cruzeiro do Oeste/PR, iludiu uma pobre-rica mulher e com ela se casou, assim aumentando um pouco mais a sua extensa folha-corrida criminal.

A tão falada anistia, que a esquerda hoje tanto tenta invalidar para o lado que a venceu na luta armada, libertou Carlos Henrique da sua máscara e do seu casamento ilegal, com o quê ressurgiu das cinzas a pior face de um canalha.
Voltou à cena José Dirceu.

Curiosamente livre de um passado sujo, José Dirceu enveredou pela política legal e tornou-se expoente do Partido dos Trabalhadores e, muito mais, eminência parda daquele que acabou por eleger-se presidente do Brasil.
O circo tornou-se seu. Fazia e desfazia com o beneplácito de Lula, que tinha e ainda tem muito medo dele, por razões que a própria razão desconhece. Acredito que seja porque ele saiba de muita sujeira.
Foi o mandatário de fato e, assim, tinha toda a liberdade de ação. Ágil, voltou ao crime, aliando-se ao colarinho branco e a uma nova quadrilha. Daí vieram os mensalões e uma incontável série de malfeitos, capazes, em um país sério, de implodir toda a estrutura governamental. Não foi o caso do Brasil.

José Dirceu foi defenestrado do governo e teve cassado o seu mandato parlamentar. Agora é lobista e prossegue nas suas articulações de bastidores, com Lula e seus parceiros como as suas marionetes.

A memória nacional é cada vez mais curta e disso ele se vale.
Anteontem mesmo, um grande jornal brasileiro abriu espaço para José Dirceu para ele vomitar o seu canto de sereia e afrontar a Marinha do Brasil.

Críticas são sempre bem-vindas na democracia - tenho por hábito grafar essa palavra com inicial maiúscula. Ler a matéria de José Dirceu, entretanto me causou asco e, sobretudo, a certeza de que ele continua o mesmo, ao exaltar o assassino João Cândido, o "almirante negro". Misturou alhos com bugalhos, perversa e maldosamente, à guisa de defender um anti-racismo muito mais presente nas mal encobertas intenções de "movimentos sociais" do que na realidade de um país miscigenado como o Brasil.

É emblemática a parcialidade do articulista José Dirceu no seu agravo à Marinha do Brasil: A Marinha não condena a chibata, os castigos físicos e nem os métodos de alistamento militar utilizados então, quando os conscritos negros eram caçados a laço – contra os quais Cândido liderou o movimento – mas condena a revolta por causa das vítimas entre os oficiais (quatro) e a população civil (duas crianças) do Rio de Janeiro, bombardeado. Pior, a Marinha não condena a prisão de João Cândido, sua expulsão da Marinha, sua vida na miséria e nem o assassinato de seus 16 companheiros.

É subliminar a diferença que faz entre "vítimas" (as da Marinha) e o "assassinato" dos companheiros de José Cândido.
Não sou psicólogo e, muito menos, psiquiatra para interpretar o que diz esse homem, mas me parece desigual a relação entre os mortos de cada lado. Para mim é bem nítida a tendência para deturpar a História: danem-se as vítimas da Marinha e glória aos companheiros de um assassino frio que urinou no cadáver de seu comandante. Nessa redação comprometida, duas crianças e quatro oficiais não significam nada; os rebeldes, sim.

José Dirceu continua o mesmo, fiel à traição e ao derramamento de sangue, desde que assim seja para os seus desígnios.

Vários dos seus vinte e oito companheiros da MOLIPO tombaram em confronto com os órgãos de segurança. Com certeza, foram delatados e "deletados" por um companheiro em Cuba. Isso pode ter sido obra de Fidel Castro ou de algum amigo "revolucionário" brasileiro. Não me atrevo a apontar culpados, no entanto, tenho convicção de que Daniel conhece muito bem essa estória macabra.

Antes de redescobrir e de reinterpretar os arquivos da História da Marinha, "companheiro" Daniel, abra os seus. Os companheiros da MOLIPO descansarão em paz ou não.

Interessante em tudo isso é que um órgão da grande imprensa ainda abre espaço para essa gente.

E o contraditório?

Ah! Ele virá, certamente, em outro bostejo de José Dirceu...


(*) Paulo Carvalho Espíndola é Coronel do Exército Brasileiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".