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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Chefe de operações no Afeganistão irrita Obama

ESTADÃO


Reportagem na qual nº 1 do Pentágono no país e seus assessores zombam da Casa Branca inicia nova crise na condução da guerra

23 de junho de 2010 | 0h 00

Patrícia Campos Mello, correspondente em Washington - O Estado de S.Paulo


O emprego do principal comandante dos EUA e da Otan no Afeganistão, general Stanley McChrystal, estava por um fio ontem, depois de ser publicada uma reportagem em que ele ridiculariza integrantes da cúpula da Casa Branca e critica o próprio presidente dos EUA, Barack Obama.
Na matéria da revista Rolling Stone, McChrystal e seus assessores acusam Obama de não estar "empenhado" no esforço da guerra. Eles também chamam o assessor de segurança nacional, Jim Jones, de "palhaço", fazem um trocadilho pouco lisonjeiro com o vice-presidente Joe Biden e atacam integrantes do governo americano e francês.
O general foi convocado por Obama para uma reunião na Casa Branca hoje e há grande possibilidade de ele ser demitido. "O general está a caminho e eu quero falar com ele diretamente. Mas a reportagem mostra que ele teve pouco discernimento", disse Obama no fim do dia.
Questionado se o general poderia ser demitido, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou: "Todas as opções estão sobre a mesa. (McChrystal) cometeu um erro enorme e vai ter de explicar ao presidente o que deu em sua cabeça para conceder tal entrevista."
O presidente afegão, Hamid Karzai, saiu em defesa de McChrystal. Segundo ele, o general americano é o "melhor comandante" das forças da Otan no Afeganistão.
O general americano não desmentiu a reportagem , cujo título é O general em fuga e o subtítulo: Stanley McChrystal, o comandante de Obama no Afeganistão, assumiu controle da guerra ao nunca se esquecer de quem são os inimigos de verdade: os maricas na Casa Branca. Ele disse apenas que "foi um erro que reflete falta de discernimento". Um assessor de imprensa do general, Duncan Boothby, pediu demissão. O secretário da Defesa, Robert Gates, emitiu uma nota bastante crítica, em que não defendia a manutenção de McChrystal no cargo. Muitos acham que houve insubordinação.
No artigo, McChrystal diz ter sido "traído" por Karl Eikenberry, embaixador dos EUA no Afeganistão, quando a imprensa divulgou correspondências do embaixador criticando o plano de aumentar o número de tropas no país, ideia de McChrystal. "Esse é um que tenta se proteger para a posteridade, nos livros de história. Se nós fracassarmos, ele pode dizer: eu avisei".
Um de seus assessores diz que o general Jim Jones, veterano da Guerra Fria, é "um palhaço", que está "preso em 1985". Sobre um ministro francês com o qual McChrystal deveria jantar, outro assessor afirma se tratar de "um pu** gay".
Desencontros. A insatisfação do general, manifestada na reportagem, é uma amostra da confusão reinante na condução da guerra no Afeganistão e as tensões entre militares, diplomatas e integrantes da Casa Branca que fazem parte do chamado grupo "Afe-Paqui". Bruce O. Riedel, analista do Brookings Insitution, disse ao jornal The New York Times que "essa confusão mostra que a equipe ("Afe-Paqui") não está trabalhando em grupo, eles estão fazendo futrica".
A estratégia de contrainsurgência na cidade de Marja, que deveria ser um amostra da nova tática americana, é considerada um fracasso, "uma úlcera sangrando", nas palavras de McChrystal.
As mortes de civis e soldados estão aumentando. A ofensiva em Kandahar, berço do Taleban, foi adiada. E há sérias dúvidas sobre se Obama conseguirá cumprir sua promessa de retirar a maioria das tropas do Afeganistão até Julho de 2011.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".