sábado, 28 de janeiro de 2012
É comum ouvirmos, desde um intelectual respeitado a um pedreiro, que a educação é a base de tudo. A educação e a cultura fornecidas pelo governo é fortemente criticada, é dito que o governo não investe em escolas e etc. Mas sabemos que o problema educacional vai além do sistema tradicional da rede de ensino público.
A partir do nascimento, o indivíduo começa seu processo de aprendizagem que inicialmente, é de responsabilidade apenas da família. As noções básicas de comportamento e de visão acerca das coisas são transmitidas neste momento.
No Brasil há preponderância da cultura de não se ter cultura, e de que educação é um atributo daqueles que têm dinheiro. Como consequência dessa mentalidade retrógada ,temos o emburrecimento em cadeia, pois a criança ao começar seu processo de aprendizagem já terá as piores referências, a dos pais; mal informados e dogmatizados com mitos a cerca da educação.
A máxima defendida de que educação é a base de tudo, é dita da boca para fora. A festa do final de semana substitui um passeio ao teatro, os gastos secundários com apetrechos domésticos e etc. são de maior aplicação do que a compra de livros. O programa preferido da família é o jornalismo noticioso,programas policiais, pseudo realidade mostrada na Tv – Reality show- e afins.
A mensagem que o povo dá ao governo e aos veículos de informação é que; ‘’nós estamos felizes sem cultura, mantenha-nos desta maneira, reclamamos, mas gostamos , somos paradoxalmente estúpidos’’.
Pelas próprias preferências do povo, percebemos sua ignorância, e a conivência com tal. O problema cultural-educacional do país vai além das escolas mal equipadas e professores desvalorizados, alcança todos os níveis de informação, costumes, grade programática televisiva, acessibilidade a cultura e etc.
Em tese todos defendem a cultura e a educação, não há resposta por parte do governo quanto a isso, permanecemos atrasados e sofremos, cada vez mais, um processo de desinformação através de engodos, como influencias com festas e meios propagadores de infâmias culturais, as novelas, por exemplo.
A maneira de iniciar-se uma mudança quanto a esse quadro de desvalorização da cultura e educação, é a exigência de bibliotecas públicas em cada bairro, não dar audiência a programas com a única finalidade de entreter, que não agregam nada na formação intelectual do indivíduo. Escolher representantes políticos que se proponham a investir nesse ramo. Não gastar dinheiro com trivialidade, incentivar os filhos a lerem e procurar o conhecimento.
A leitura deve ser rotineira, através de blogs, livros, enciclopédias, não importa o veículo. A pedra angular do conhecimento é construída a partir da leitura e comunicação desta, por meio de discussões, produções textuais e etc.
Além da necessidade do aprimoramento da educação básica pública, que são as escolas e associados, deve se ter uma mudança ideológica do povo, onde todos procurem adquirir conhecimento, e a exigir isso de forma constante. Somente com a mudança de postura e uma real valorização da cultura é que o povo pode, verdadeiramente, tornar - se livre e entendedor dos problemas como um todo, facilitando a resolução de tais problemas e não sendo enganado por aqueles que sabem e que querem tirar proveito.
A cultura e educação já são bastante idealizadas, contudo são desprezadas. O grande avanço seria idealiza-las e cultiva-las.
Postado por Robert Brenner. às 13:42
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