04/10/2011 - 18h09 | da Folha.com
FLÁVIA FOREQUE
ANA FLOR
DE BRASÍLIA
Em greve há dois meses, servidores federais da área da Educação fecham desde as 16h30 o trecho do Eixo Monumental em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.ANA FLOR
DE BRASÍLIA
Com gritos de "fora Dilma" e críticas à gestão da Educação tanto do governo atual quanto o do ex-presidente Lula, os cerca de 400 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar, dizem que esperam ser recebidos no Planalto pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) ou pela presidente Dilma Rousseff, que está na Bélgica.
Eles estão sentados na pista e, além dos gripos, fazem barulho com vuvuzelas.
O grupo do Sinasepe engloba professores, técnicos e servidores administrativos da área da Educação em nível federal. São ligados ao Conlutas, que representa sindicatos dissidentes da CUT e ligados ao PSTU e PSOL.
Além do "fora Dilma", o grupo grita "Dilma, que papelão, no país da Copa não tem educação". Eles também carregam um caixão em tamanho real, com faixas pedindo 10% do PIB para a Educação.
Na semana passada, o grupo protocolou um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff e com a ministra Gleisi Hoffman.
Eles pedem reajuste nos salários, além de destinar 10% do PIB à Educação e melhor infraestrutura para a expansão dos institutos federais.
"O governo que dizia ser dos trabalhadores não aceita negociar com grevistas", diz Érica Souza Tupirá, servidora grevista. Segundo ela, o grupo foi recebido pelo MEC (Ministério da Educação), sem sucesso.
Pelo menos 50 seguranças do Planalto e policiais militares acompanham a manifestação.
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