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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Isto sim é Virada Conservadora!

ISTO É
N° Edição:  2139 |  05.Nov.10 - 21:00 |  Atualizado em 07.Out.11 - 11:27


Virada conservadora

Os republicanos conquistam vitória histórica nas eleições parlamentares americanas e prometem infernizar os dois últimos anos de Obama na Presidência dos EUA




Fabiana Guedes
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Oresultado das eleições parlamentares dos Estados Unidos, na terça-feira 2, foi um balde de água fria na efervescência que tinha marcado a vitória do primeiro presidente negro da história americana, Barack Obama, em 2008. O Partido Democrata perdeu a maioria na Câmara dos Representantes – equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil –, que ficou sob o controle dos republicanos e com algumas cadeiras no Senado. Na prática, isso significa que Obama terá mais dificuldade em aprovar suas medidas. A oposição vitoriosa já anunciou que trabalhará para coibi-las. Na teoria, a derrota nas urnas simboliza o enfraquecimento de Obama e, como consequência, das mudanças que ele representava. A crise econômica, o desemprego que se abate sobre 10% da população e o déficit orçamentário que chegou a U$ 1,19 trilhão no último ano foram o pano de fundo das eleições. O americano deixou claro que está insatisfeito com as medidas que seu líder máximo toma para tentar reverter essa situação. Obama gastou muito para salvar da crise bancos e empresas e para aprovar a reforma do sistema de saúde, medidas impopulares para boa parcela da sociedade americana. O resultado do pleito expõe ainda a volatilidade da situação política do país: dois anos depois de colocar no poder o presidente mais progressista das últimas décadas, o eleitor forma o Congresso mais conservador de sua história.
A vitória do Partido Republicano foi esmagadora e superior a de 1994, quando houve mudança política semelhante e a oposição obteve 54 cadeiras do Senado no governo do democrata Bill Clinton. Agora, os adversários de Obama ocupam 239 cadeiras na Câmara dos Representantes, contra 185 dos democratas, que perderam 61 assentos. Na nova configuração, a Casa passará, em janeiro próximo, a ser presidida por um dos maiores adversários da política econômica do presidente, o deputado John Boehner, de Ohio, que ocupará o cargo da democrata Nancy Pelosi. Boehner será o terceiro homem mais poderoso dos Estados Unidos, atrás apenas do vice-presidente, Joseph Biden, e já manifestou a intenção de barrar as decisões do presidente. “Está muito claro que o povo americano quer que façamos alguma coisa sobre o corte de gastos aqui em Washington e ajudemos a criar um ambiente em que consigamos os empregos de volta”, disse a repórteres no dia seguinte às eleições, 3 de novembro. “É um recado dos americanos para que o presidente Obama mude de rumo”, concluiu Boehner. 
 
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FUNDAMENTALISMO
Membros do grupo ultraconservador Tea Party comemoram
a queda da líder democrata Nancy Polosi
 
O novo rumo a que se refere o futuro líder da Câmara dos Representantes ganha forma com o crescimento da ultradireita. O movimento Tea Party, cujos integrantes compõem a faceta mais conservadora dos republicanos, emerge como uma nova força no Congresso. Entre os eleitos está o senador Marco Rubio, eleito pela Flórida. Com 39 anos, Rubio é filho de um casal de exilados cubanos, encarou dificuldades, se formou advogado, possui espírito de liderança e, a exemplo de Obama antes de ser eleito, personifica o sonho americano. Ele se tornou o queridinho do partido e já está cotado para disputar a Casa Branca em 2012. Os americanos também elegeram a primeira mulher governadora de origem hispânica, a republicana Susana Martinez, pelo Estado do Novo México, que substituirá o democrata Bill Richardson.
Ainda com maioria no Senado, mesmo com os Democratas tendo perdido seis dos 59 assentos, Obama não pode se desviar do baque. Em entrevista coletiva, na quarta-feira 3, fez o mea-culpa e se desculpou com os americanos. “Sinto-me mal. Tenho de melhorar meu trabalho como presidente, assim como todos que trabalham em Washington também”, declarou. O líder abalado também estendeu a mão aos vitoriosos para um trabalho conjunto. Ele só não está disposto a ceder em pontos centrais da sua agenda, como a reforma dos planos de saúde, classificada por Boehner como “monstruosa”.
Mais do que a derrota nas urnas, o efeito moral dessas eleições é arrebatador, de acordo com analistas políticos. A onda de entusiasmo sem precedentes que veio com a vitória de Obama é trocada pela desilusão a curto prazo trazida pelas medidas impopulares. Obama tenta justificá-las. Em entrevista ao programa “Daily Show”, declarou ao apresentador Jon Stewart: “Conseguimos coisas que as pessoas nem sequer conhecem.” Não há, porém, sinal de que o resultado das urnas tenha significado ignorância popular – pareceu mais, para todos os analistas, um simples desencanto com Obama.
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".