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sexta-feira, 15 de abril de 2011

O lixo guiando o povo. Ou: Fefeleche, a Rocinha da USP, onde uma minoria faz refém a maioria

REINALDO AZEVEDO
15/04/2011 às 5:25

Cavaleiro: Fefeleche. Clique aqui e conheça.

Vejam esta foto.
lixoViram? Agora vejam esta imagem.
liberdade-guiando-o-povoHá certa similaridade estrutural, não é mesmo? Noto o mesmo ardor revolucionário, a mesma disposição de afrontar os poderosos, o mesmo, como posso dizer?, aparato para o choque!
No alto, vocês vêem uma estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a famosa Fefeleche (que tem mais comunistas do que Pequim; ou melhor: em Pequim, hoje, o comunismo é proibido!), espalhando lixo pelo prédio. É isto mesmo: uma estudante da USP está virando lixeiras nos corredores da faculdade em que estuda.
Acima, o conhecidíssimo quadro de Eugène Delacroix, “A Liberdade Guiando o Povo”, pintado em 1830,  homenagem à revolta liberal que depôs Carlos X. É bem verdade que foi, assim, um levante burguês, né?, e eu sinto daqui o cheiro das inclinações bolchevistas do movimento na USP… Em Delacroix, a mulher carrega a bandeira da Revolução Francesa e uma baioneta; na USP, a moça leva uma lixeira em cada mão.
Mas por que o protesto? Os servidores da limpeza da faculdade são terceirizados, e a empresa, uma tal União, atrasou os salários. Até aí, há o instrumento da greve, da passeata, do protesto, sei lá. Mas não bastou. Alguns desses funcionários decidiram espalhar lixo pelas salas e corredores, e houve estudantes que aderiram.
O Sindicato dos Funcionários da universidade também decidiu declarar greve, aí para tentar impedir que 120 servidores — a USP tem 15 mil! — da área de informática sejam transferidos para o Centro Empresarial de Santo Amaro. Outros 300 devem ir para novas  unidades dentro do próprio campus. Trata-se de medida meramente administrativa. Mas o sindicato não quer.  A entidade nunca consegue a adesão de mais de 5% nas greves que decreta, mas é o bastante para infernizar a vida nos estudantes que dependem dos restaurantes universitários, por exemplo.
Sandra Nitrini, diretora da FFLCH, bateu boca com os baderneiros e indagou: “Por que só na FFLCH?  Por que não a FEA [Faculdade de Economia e Administração] ou a Medicina?” Ela não está sugerindo, claro!, que se faça o mesmo nessas unidades. Ela quer saber por que esse grau de degradação humana, de delinqüência política e de violência moral só acontece por ali.
Temo pela resposta, professora! Acho que os estudantes da FEA, da Medicina, da Poli, da Odonto etc estão na universidade para aprender, ter uma profissão, evoluir na vida… Essas coisas comezinhas de qualquer universidade do mundo, inclusive e sobretudo em Pequim. Boa parte da FFLCH também quer isso, mas se deixa dominar pelos vagabundos que estão ali para fazer… revolução!!!
Como não dá para chamar a polícia para prender bandido — ou o Elio Gaspari fica bravo! —, a maioria que quer estudar se torna refém da minoria que está ali para traficar idéias — na melhor das hipóteses. A FFLCH é a Rocinha da USP.
PS - Por favor, sem críticas pessoais à revolucionária que aparece acima. Comentem o fato.
Por Reinaldo Azevedo

2 comentários:

clara Dias disse...

Você é um gênio!!

No mais, estudei na FFLCH e sei da desorganização.. :(
Acho que não tem mesmo incentivo nenhum pras pessoas quererem estudar lá, até mesmo porque são o tipo de coisa que pertence à casta dos políticos saber mais sobre letras, ciências sociais e filosofia. Pra que o cidadão comum vai querer saber essas coisas e descobrir de onde vem o que eles fazem? Melhor desencorajar as pessoas de irem pra lá!

Clara Dias disse...

A propósito, não me formei lá porque não aguentei. É realmente um descaso, e muita "agitação" por qualquer coisa.
No mais, professores (!) e alunos fumando em sala de aula o tempo todo (durante 4 horas não há pulmões que aguentem) e muitas vezes já cansada da outra faculdade e trabalho, acabei por achar que eu podia ler os livros em casa em vez de ir me "sujar" na USP.
Ainda acho uma pena eu não ter terminado o curso, mas não deu mesmo pra aguentar os trancos que não vêm das matérias estudadas.....

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".