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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Brasileiros preferem o livre mercado

INSTITUTO MILLENIUM
Abril 13, 2011

Autor: Alexandre Barros

Cavaleiro: mais um vez os jornalistas, repórteres e cambada da profissão colocam a si mesmos na posição suprema de conhecedores do que é melhor para o universo e ficam chocados quando descobrem que o povo brasileiro SABE muito bem o que é melhor para ele mesmo. Se alguém na esteve na academia para estudar jornalismo sabe muito bem que Marx e toda a corja satanista são os deuses apresentados aos pobres coitados dos alunos. Pessoal da mídia, vai tomar no .. . Vocês fizeram Lula, fizeram o PT, sem vocês o Brasil não teria a maldição vermelha no poder, seriam no máximo uma aberração a ser apontada e denunciada nas ruas.



4¼ col—quio Instituto Millenium
O portal da revista britânica The Economist (7/4) publicou os resultados surpreendentes de pesquisa a respeito do apoio dos brasileiros ao livre mercado: 67% o apoiam. O País está em segundo lugar, abaixo apenas da Alemanha e razoavelmente acima dos EUA, a pátria mãe do capitalismo do século 20. O resultado contradiz boa parte do que anda pela mídia e a maioria ainda das declarações de autoridades governamentais.
Viva!
Visto tradicionalmente como o patinho feio do apoio ao livre mercado e cercado de declarações oficiais intervencionistas e a favor do Estado “indutor do desenvolvimento” e coisas que tais, 43% dos brasileiros surpreenderam ao concordar fortemente com a afirmação de que a economia de livre mercado é o melhor sistema econômico. Somados aos 24% que concordam em parte com a afirmação, o Brasil ficou bem acima de outros países considerados pelo senso comum (que é o menos comum de todos os sensos) fortes bastiões do livre mercado.
Qualquer pesquisa é um retrato que se tira de uma realidade. Bem feita, reflete a realidade. Prefiro acreditar que tenha sido o caso desta. Outra pesquisa, daqui a algum tempo, pode mostrar uma foto diferente. Mas vamo-nos ater um pouco à análise da realidade desta pesquisa.
A primeira coisa que chama a atenção é uma aparente dissonância cognitiva entre o que acham os brasileiros entrevistados pela pesquisa e boa parte das elites políticas e burocráticas brasileiras. Na sua maioria, elas descreem do apoio que o livre mercado tem por parte dos brasileiros. Muitos serão apanhados de surpresa. Fiquemos alerta, porque choverão contestações à pesquisa. Isso porque as crenças do Estado brasileiro e da maior parte dos governos (mesmo os mais liberais) sempre mantiveram a cantilena da conveniência e do desejo da população brasileira de que o intervencionismo estatal seria a melhor opção.
Mas a realidade mostrou-lhes que a parte mais sensível do corpo humano é mesmo o bolso. Em geral utilizado para justificar penas monetárias e multas para transgressões, o ditado agora parece aplicar-se muito fortemente às benesses monetárias.
Trocado em miúdos, o povo está com mais dinheiro e aprendeu que pode ganhar mais ainda e viver melhor, em que pese a pressão do Estado para que as pessoas adotem atitudes menos liberais.
Mais irônico ainda é que isso tenha ocorrido depois de oito anos de governo Lula, considerado por muitos um governo claramente “de esquerda”, e da eleição de Dilma Rousseff, que confirmou a predileção do povo brasileiro por um governo de continuação, mas que permitiu que os pobres melhorassem de vida (ver meus artigos O dia em que os pobres enriqueceram, Banco Central, o amigo do pobres e Uma perspectiva liberal do Bolsa-Família, publicados no “ESTADO”).
O Banco Central era uma caixa-preta demoníaca para o governo Itamar Franco. O Bolsa-Família era a grande indignação para as elites, porque, alegadamente, iria dar dinheiro aos pobres sem que eles precisassem trabalhar. O fim da inflação matou a noção predominante entre os economistas inflacionistas (que adoram se chamar de “desenvolvimentistas”) de que ela era boa e acelerava o desenvolvimento.
A percepção equivocada da oposição sobre o Bolsa-Família ignorou um dos aspectos básicos de economia: a vida fica mais fácil para todos, simplesmente, se existir dinheiro. O leitor perguntará: mas como existir dinheiro? Ele sempre existiu. Isso não era verdade. Em boa parte do Norte e do Nordeste não havia dinheiro como os urbanos modernos o entendem, isto é, como um meio de troca que facilita o comércio e a indústria (aqui considerada como qualquer tipo de produção). Isso porque, com a existência de dinheiro, as pessoas podem trocar habilidades e competências com muito mais eficácia, produzindo aquilo em que são mais competentes (por exemplo, buchada de bode), e consumir serviços como os de cabeleireiros, manicures, ou vendedores de produção agrícola.
Não sei se o Bolsa-Família e seus predecessores atiraram no que viram e acertaram no que não viram, mas, claramente, foi bom para o capitalismo brasileiro.
Em reunião recente com banqueiros, quase todos do Sul e do Sudeste (só um do Nordeste), notei um desconhecimento total dos sulistas da capilaridade exercida pela distribuição de um pouco de dinheiro (o Bolsa-Família custa o equivalente a mais ou menos sete Senados Federais, barato, portanto).
O banqueiro do Nordeste ficou pasmo com o desconhecimento de seus colegas. Suas palavras: “Minha família tem banco há três gerações e nosso negócio sempre foi muito limitado. A partir da existência de dinheiro no Nordeste, os negócios do banco cresceram e até precisamos criar uma empresa para transportar dinheiro, antes praticamente inexistente” na região.
Esperemos que esses resultados reduzam a dissonância cognitiva das elites que vestem togas esquerdistas e as ajudem a buscar uma consonância, ajustando suas percepções ao que os brasileiros querem, por razões simples: sem inflação o País cresce mais sustentavelmente e com dinheiro no bolso as pessoas progridem mais, fazem mais negócios e todas melhoram de vida.
É irrelevante a retórica que o governo utilizará se o resultado for bom. Como dizia Deng Xiaoping, não importa a cor do gato, desde que ele mate o rato.
Falta aceitar que mais dinheiro circulando produz mais progresso para todos e para cada um, e as pessoas serão mais felizes.
O próximo passo é liberar dinheiro que o governo expropria dos cidadãos por meio de impostos altíssimos e o deixe nas mãos de quem produz e ganha, para gastar como quiser.
O somatório das felicidades pessoais é fator fundamental da felicidade coletiva.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12/04/2011

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".