Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Algumas sugestões reacionárias

O ESTADO
Quinta, 14 de Abril de 2011

Rodolfo Oliveira - Jornalista


Outro dia vi pela TV o senador José Sarney, cercado de seguranças e prestes a entrar em um carro blindado, falar a jornalistas sobre o desarmamento supostamente necessário ao País. “Temos que sensibilizar a população para esta causa [o desarmamento]”. Ora, eu próprio seria a favor do desarmamento, desde que eu também pudesse contar com seguranças e carros blindados 24 horas por dia, uma prerrogativa ao alcance de 0,3% da população brasileira. Como pertenço à fatia dos 99,7% de deserdados, julgo ser absolutamente idiota uma campanha que vise desarmar apenas o homem comum.

Todavia, para provar que sou um sujeito supimpa, lançarei aqui uma idéia, atenção ministro da Justiça, OAB e ONGs em geral: e que tal se nós lançássemos uma campanha que tivesse por finalidade desarmar assaltantes, estupradores e assassinos? Sim! Poderíamos, através dos mais modernos métodos de propaganda, tentar sensibilizar a categoria criminosa a entregar seus instrumentos de trabalho que tanto mal fazem à sociedade – por ano, são cerca de 50 mil brasileiros assassinados, números que fazem de qualquer Iraque um retiro espiritual.

Opa! Acabo de ser informado aqui pelos meus assessores que homicidas também lançam mão de outros instrumentos para perpetrar seus crimes, como pedras, facas e foices. Então, meus senhores, que mudemos o foco da campanha. Diante da impossibilidade de confiscarmos todas as facas de cozinha do Brasil, que tal se fizéssemos uma campanha em prol da detenção e encarceramento de elementos potencialmente perigosos à sociedade, como traficantes e assassinos em geral? Hein, hein? Do balacobaco a idéia, não? Já pensou, capturar bandidos e deixá-los presos? Seria algo como o despertar de uma nova aurora.

O quê? Minhas sugestões pecam pela falta de originalidade? Ok. E que tal uma campanha em defesa do aumento da vigilância das fronteiras brasileiras, vias de entrada de armas e drogas que alimentam a violência nas cidades? Idéia muito pequeno-burguesa ainda? E que tal se, em vez de querer restringir o comércio legal de armas – que, no Brasil, já é um dos mais restritos do mundo –, nós buscássemos coibir o comércio ilegal, aquele que não paga imposto e cujos produtos fogem a qualquer controle privado ou estatal? 

Sim, leitores, sei que minhas sugestões pecam pela caretice, afinal, vejam só, onde já se viu propor a prisão de bandidos como medida para reduzir a criminalidade corrente em nosso meio? Certo está o iluminista Sarney. Uma população armada é uma população violenta, portanto, o melhor a fazer é monopolizar as armas apenas à bandidagem, deixando-as nas mãos de profissionais que entendem do assunto.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".