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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os beneficiados pelo show no Rio de Janeiro II? Luiz Eduardo Soares, especialista em segurança pública, no Roda Viva: por enquanto, nada mudou nos morros do Rio

AUGUSTO NUNES
29/11/2010 às 21:38 \ Direto ao Ponto

A retumbante cobertura jornalística e a visão triunfalista da ocupação de morros do Rio escondem distorções gravíssimas e crônicas do esquema de segurança pública, adverte no Roda Viva desta segunda-feira o antropólogo Luiz Eduardo Soares. No programa que a TV Cultura de São Paulo transmite a partir das 10h da noite, o entrevistado lembra que a necessidade de envolvimento das Forças Armadas, embora necessária e positiva, comprova o fracasso da política de combate à violência. E afirma que não faz sentido deduzir que, desde o fim de semana, o Estado Democrático de Direito recuperou o controle sobre as zonas conflagradas.

Por enquanto, reitera Luiz Eduardo, nada mudou nas favelas amputadas do mapa da União. E nada mudará de essencial se não forem removidos velhos tumores. “O principal problema continua sendo a corrupção endêmica que afeta a polícia há muitos anos”, diz o entrevistado, que foi coordenador da área de segurança do governo Anthony Garotinho em 1999 e 2000, secretário nacional de Segurança Pública em 2003 e é um dos autores dos livros Elite da Tropa e Elite da Tropa 2, origem dos filmes que fizeram do Capitão Nascimento um herói brasileiro.

Como nos livros, que misturam alguma ficção e muitos fatos reais, o contingente de policiais honestos é de bom tamanho. Mas a “banda podre” predomina. Sobretudo por isso, acha perigosamente equivocado supor que se consumou a vitória do Bem contra o Mal e imaginar que tudo está resolvido. Embora sem a mesma magnitude, ressalva, operações semelhantes já ocorreram nos morros cariocas, com efeitos invariavelmente efêmeros.

“Espero que desta vez seja diferente”, diz, traindo na voz e na fisionomia o pessimismo de quem combate a “banda podre” desde a virada do século. “De lá para cá, a situação piorou”, constata. Para Luiz Eduardo, o fenômeno mais alarmante é a multiplicação das “milícias”, grupos criminosos formados por policiais. “As milícias são mais eficientes e perigosas que as quadrilhas do narcotráfico”, compara.

Segundo o especialista, não existe uma política nacional de segurança pública. “Tentamos fazer isso em 2003, mas o núcleo duro do Planalto convenceu o presidente Lula de que, se assumisse a administração desse setor, teria problemas com os índices de popularidade”. Das várias ideias que apresentou, uma das poucas encampadas pelo governo foi a Força Nacional de Segurança Pública. Que acabou deformada por interesses políticos e virou um exército fantasma.

Luiz Eduardo descarta a hipótese segundo a qual os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs. Ele se limita a informar que a verdade surgirá ao fim de investigações que correm em segredo de Justiça. Uma fonte da coluna revelou que uma das versões investigadas atribui a onda de violência a um impasse nas negociações entre policiais e bandidos que tentavam atualizar a tabela de propinas.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".