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terça-feira, 30 de novembro de 2010

China admite reunificação coreana sob o comando de Seul, indica documento

BBC BRASIL
Atualizado em  30 de novembro, 2010 - 07:10 (Brasília)



Reuters
Kim Jong-il em visita a uma fábrica em Pyongyang: frustração chinesa
Altas autoridades chinesas afirmaram a um vice-ministro sul-coreano que a península coreana deveria ser reunificada sob o controle de Seul, segundo documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos divulgados pelo site Wikileaks.
Os funcionários chineses teriam dito ao vice-ministro sul-coreano que a China daria pouco valor à Coreia do Norte como um Estado-tampão entre o território chinês e a Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos.

Outro documento manifesta a frustração de Pequim com a Coreia do Norte. Nele, o vice-ministro das Relações Exteriores da China, He Yafei, é citado como tendo afirmado que o governo norte-coreano estaria se comportando como uma “criança mimada”.
Os documentos são parte do pacote de mais de 250 mil comunicações entre embaixadas e outros canais diplomáticos americanos aos quais o site Wikileaks teve acesso e que começou a vazar no domingo.
A divulgação ocorre em meio às polêmicas envolvendo o programa nuclear norte-coreano e o recente ataque a uma ilha sul-coreana próxima à fronteira, que deixou quatro mortos na semana passada.
Nesta segunda-feira, a Coreia do Norte disse que tem milhares de centrífugas operando em uma usina de enriquecimento de urânio revelada pelo país no início do mês.
Os norte-coreanos dizem que a usina é para a produção de energia nuclear para uso civil. Não se sabe se as centrífugas poderiam produzir também material para a fabricação de armas nucleares.

Nova geração
Um dos documentos sobre a Coreia do Norte divulgados na segunda-feira pelo Wikileaks relata um encontro em um almoço em fevereiro de 2010 entre a embaixadora dos Estados Unidos em Seul, Kathleen Stephens, e o ex-vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul Chun Yung-woo.
Chun teria dito que uma nova geração de líderes chineses não considera mais a Coreia do Norte como um aliado útil ou confiável, e não arriscaria um novo conflito armado na península.
Chun afirmou à embaixadora americana que a Coreia do Norte “já entrou em colapso econômico e entraria também em colapso político dois ou três anos após a morte do líder Kim Jong-il”, apesar de seus esforços para obter ajuda chinesa e para assegurar a sucessão para seu filho.
“Ao descrever uma diferença de geração nas atitudes chinesas em relação à Coreia do Norte, Chun alegou que [nome apagado] acreditava que a Coreia deveria ser unificada sob o controle da República da Coreia”, disse.
Chun disse que as autoridades chinesas estavam “prontas para ‘enfrentar a nova realidade’ de que a República Democrática Popular da Coreia tinha agora pouco valor para a China como Estado-tampão – uma visão que ganhou força entre altos líderes da República Popular da China desde os testes nucleares norte-coreanos em 2006”.
“Chun argumentou que, na eventualidade de um colapso da Coreia do Norte, a China claramente não veria com bons olhos qualquer presença militar americana ao norte da zona desmilitarizada (na atual fronteira entre as Coreias)”, diz a mensagem da embaixadora.
“A China estaria confortável com uma Coreia reunificada controlada por Seul e ancorada nos Estados Unidos em uma ‘aliança benigna’ – desde que a Coreia não fosse hostil à China”, acrescentou Stephens.
‘Criança mimada’
Outra mensagem divulgada pelo Wikileaks revela que o vice-ministro das Relações Exteriores da China, He Yafei, disse ao encarregado de negócios dos Estados Unidos em Pequim que a Coreia do Norte estava se comportando como uma “criança mimada” para chamar a atenção americana ao realizar testes nucleares em abril de 2009.
He disse que o governo norte-coreano queria “negociar diretamente com os Estados Unidos, e por isso estava agindo como uma ‘criança mimada’ para chamar a atenção do ‘adulto’”, escreveu o diplomata americano.
“A China por isso incentivou os Estados Unidos, ‘depois de algum tempo’, a começar a retomar os contatos com a Coreia do Norte”, afirmou.
Uma segunda mensagem de setembro de 2009 disse que He relativizou a visita do premiê chinês, Wen Jiabao, à capital norte-coreana, Pyongyang, dizendo ao subsecretário de Estado americano James Steinberg: “Nós podemos não gostar deles... Mas eles são vizinhos”.
AFP
O premiê chinês Wen Jiabao (à direita) e Kim Jong-il, durante visita a Pyongyang em 2009
Ele disse que Wen pressionaria pelo abandono do programa nuclear e pela volta das negociações.
Poucos meses depois, o embaixador chinês no Cazaquistão teria descrito o programa nuclear norte-coreano como “uma ameaça à segurança de todo o mundo”.
Uma mensagem da embaixada americana em Seul, de janeiro de 2009, cita funcionários do governo chinês dizendo que o presidente da China, Hu Jintao, deliberadamente “fingiu não ouvir” o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, quando ele perguntou se a China havia pensado sobre a situação política doméstica norte-coreana ou se tinha algum plano de contingência.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".